domingo, dezembro 30, 2007

Uma pequena pausa

Por motivos técnicos (o PC enlouqueceu!!), farei uma pequena pausa no Cinefolia. Uma chatice, já que tinha aqui uma bela ideia para um post que terá de ficar adiada... enfim. Irritante pausa inesperada...
Regressarei o mais rapidamente possível (com qualquer coisa acerca da minha primeira curta-metragem (que por acaso parece que não vai ficar assim tão curta) e da bela experiência que tem sido), com problemas técnicos resolvidos e um PC um pouco mais calmo.

E agora... DESEJO-VOS A TODOS UM BELO E PRÓSPERO ANO NOVO!! (peço desculpa pelo caps, mas devido às questões técnicas previamente mencionadas, não consigo modificar em nada o formato da escrita).


/inserir aqui uma qualquer imagem agradável de carácter cinematográfico que transmita de qualquer forma a mensagem mencionada em cima (pois... também não consigo colocar imagens...)


BOM 2008 A TODOS, E ATÉ BREVE!!

domingo, dezembro 23, 2007

Feliz Natal/Hannukah/etc!



E que recebam belas prendas de alto calibre cinematográfico (olhem que o Blade Runner e a colecção Stanley Kubrick já estão à venda...)!

sábado, dezembro 22, 2007

Desperdício



E heis que as regras do género fantástico se começam a definir: atira-se para lá um jovem qualquer que parte numa aventura, adiciona-se uma profecia qualquer, e cria-se uma organização malvada (ou apenas um vilão ou uma vilã) que quer deter a criança. Já tivemos o Frodo, o Potter, os irmãos das Crónicas de Narnia, e agora temos a jovem Lyra. Mas enquanto que, à excepção do de Lyra, todos estes filmes anteriores se destacavam nem que fosse nalgum aspecto (seja os magníficos efeitos visuais da Weta, a interessante vertente emocional da história de Potter, ou... enfim, basicamente tudo na trilogia de Peter Jackson), "A Bússola Dourada" é banal em todos os aspectos. A história é previsível e nada interessante; os efeitos visuais não de destacam em comparação com o que se faz actualmente (ou com o que já se fez...); e os actores não têm grande coisa que fazer. Chris Weistz, o realizador, tinha desistido do projecto há alguns anos atrás por achar que este era simplesmente um filme demasiado complicado de fazer. Infelizmente, acabou por retomar o projecto anos depois... e o resultado chega agora.

A Bússola Dourada" é a adaptação do primeiro de uma trilogia literária escrita por Phillip Pullman. E se como filme é mau, como adaptação é ainda pior. Trata-se de uma simples banalização e simplificação de uma bela obra literária, tentando ao máximo copiar e seguir as tais regras que este género começa a criar. A história move-se a pontapé, as personagens parecem robôs, e nem mesmo a níveis mais técnicos o filme se destaca.

O que é que sobra? Enfim... a Nicole Kidman está magnífica como sempre, iluminando o ecrã sempre que aparece (pena é que não apareça assim tantas vezes...)... e os ursos polares estão engraçados. Mas isso em nada compensa um filme que parece ter sido todo ele feito por robôs, e que no espectador consegue apenas despertar um sentimento: o de apatia.

A Bússola Dourada" é, pois, nada mais nada menos que um desperdício de tempo e dinheiro.

quarta-feira, dezembro 19, 2007

Joker(s)


Dois actores diferentes em dois universos diferentes a interpretarem a mesma personagem. Diga-se a mesma apenas em nome e aspecto. Enquanto que o Joker de Nicholson, do universo de Burton, era mais colorido, repleto de humor negro e ainda assim absolutamente louco, o de Ledger, do universo de Nolan, parece manter algum do humor, mas é menos colorido e mais realista.

A interpretação de Nicholson é fabulosa. A de Ledger... parece ir no mesmo caminho. Detestei "Batman Begins" e no geral não aprecio o cinema de Christopher Nolan... mas este "The Dark Knight" irá valer nem que seja pela abordagem de Ledger a uma excelente personagem.

O trailer da sequela de "Batman Begins" pode ser visto aqui.

domingo, dezembro 09, 2007

Palavras para quê...?




Trailer de Speed Racer, de Andy e Larry Wachowski.

E voilá... foi revelado aquele que será o mais visualmente estimulante blockbuster de 2008. É diferente de tudo aquilo que jamais poderia ter imaginado... e parece muito, muito bom.

quarta-feira, dezembro 05, 2007

The Fountain, de Darren Aronofsky



Arrebatadora poesia cinematográfica

Existem sete tipos de filmes: os filmes péssimos/ridículos, nada mas que perdas de tempo em que todos os aspectos são de um falhanço agonizante; os filmes maus, em que existem algumas ideias que se podem aproveitar, mas em que o mau simplesmente afunda o bom, provocando por vezes uma verdadeira frustração no espectador, ao fazê-lo ver o potencial desperdiçado; os filmes banais, que não são bons nem maus... simplesmente vêm-se, providenciando ainda que a um nível muito básico um qualquer tipo de bom divertimento ao espectador; os filmes bons, em que o espectador sai satisfeito da sala de cinema, e em que os vários bons aspectos do filme suprimem as suas também óbvias falhas; os filmes muito bons/excelentes, filmes verdadeiramente óptimos que, não sendo Obras-Primas, conseguem ser verdadeiros pedaços de Cinema com C capital; as Obras-Primas, filmes incríveis, espectaculares, que despertam no espectador um rol de emoções como só o Cinema consegue fazer, filmes que são verdadeiras viagens de descoberta; e há ainda os filmes que podem ser chamados de "transcendentais"... filmes que vão além do que poderíamos julgar possível no Cinema, filmes que inovam, revolucionam, sendo ao mesmo tempo fontes de incríveis sentimentos e de... creio que podemos chamar-lhe de "iluminação"... filmes que passam a viver com o espectador, que o marcam verdadeiramente, que têm si tudo que de mais belo há não só no Cinema... filmes que são experiências de vida.

Ao olharmos para a ainda curta filmografia de Darren Aronofsky, é chocante verificar que, de apenas três filmes, dois deles enquadram-se nesta última categoria.
"Pi" foi um excelente filme, todo ele extremamente bem escrito e realizado, revelador acima de tudo de um potencial fabuloso por parte do seu realizador.
"Requiem for a Dream" foi incrível. Uma lição de vida, uma experiência emocional e sensorial arrebatadora. Aronofsky explora ao máximo o seu estilo expressionista, com o objectivo de colocar o espectador na pele das personagens, transmitindo um ambiente deprimente, realista, humano, e acima de tudo, poderoso. É um filme marcante, uma obra absolutamente incrível.

E depois veio "The Fountain". Um filme ainda mais indescritível e poderoso que "Requiem for a Dream" (ainda que de formas muito diferentes), e sem dúvida muito, muito mais pessoal. Aronofsky disse por várias vezes que o seu objectivo era fazer algo inovador dentro do género de Ficção Científica, algo que nós, o público, nunca tivéssemos visto. Tudo isto com uma história extremamente pessoal para o realizador, uma história que mostrava, basicamente, aquilo que este pensava acerca da vida, da morte, e do amor.
Aronofsky demorou seis anos a fazer o filme. Inicialmente, Brad Pitt e Cate Blanchett seriam os protagonistas... mas Pitt abandonou o projecto quando este estava em pré-produção (alegando supostas "divergências artísticas" com Aronofsky) e o projecto foi encerrado. E assim ficou durante muito tempo. Aronofsky, no entanto, não decidiu de contar a sua história... e se não o conseguia fazer numa arte, fá-lo-ia noutra: a arte da Banda-Desenhada. Contactou a Vertigo, e do seu argumento fez-se um excelente comic.
Mas, ainda assim, "The Fountain" não abandonava a mente de Aronofsky. Atormentava-o, aquele filme que ficou por fazer.

E então Aronofsky lembrou-se daquilo que era e é: um cineasta independente. E, baseando--se nisso, reescreveu o argumento. Fê-lo mais pessoal e menos espectacular... mais sentimentos, menos batalhas com centenas de guerreiros. Fê-lo (segundo ele próprio) "Não para agradar a ninguém, mas apenas pelo prazer da escrita, pelo prazer de contar uma história que significa verdadeiramente algo".
Já não era necessário um grande orçamento nem grandes estrelas. Mas dois enormes talentos do cinema actual nunca fizeram mal a ninguém, por isso Aronofsky colocou Rachel Weisz (a sua noiva) no filme, e contactou Hugh Jackman após o ter visto num musical na Austrális. Jackman leu numa noite o argumento, e no dia seguinte decidiu entrar no projecto. De forma a manter o orçamento o mais baixo possível, ambos os actores concordaram em receber um ordenado inferior ao normal.

Isto revela o óbvio empenho de Aronofsky em fazer este filme. E, de facto, "The Fountain" é como se o realizador tivesse retirado a sua alma do corpo, e a partir dela feito um filme. É um filme todo ele incrivelmente bem feito, como seu tudo fluisse directamente da mente de Aronofsky, como se este tivesse cada som, cada imagem perfeitamente calculada, pensada e imaginada. De todos os filmes que vi até hoje, "The Fountain" é aquele que flúi melhor. É como um enorme poema, todo ele declamado sempre com o tom correcto, tudo se encaixando perfeitamente.


Aronofsky é, obviamente, um realizador que tem o controlo total sobre todos os aspectos do filme. Desde a fabulosa fotografia de Matthew Libatique (visualmente, nunca se viu nada assim... o uso da microfotografia em vez de CGI é incrível) à banda-sonora de Clint Mansell (banda-sonora que já estava completa antes sequer de Aronofsky ter começado a filmar), a presença de Aronofsky está lá. O realizador trabalha intimamente com os seus colaboradores, no sentido de espremer o mais possível o seu potencial, aquilo que o criador deseja. Tal presença pode apenas ser comparada à de outros génios como Martin Scorsese, Quentin Tarantino, ou Park Chan-Wook (entre (não muitos) outros, claro).
Em "The Fountain", tudo é perfeito.

Falar da trama desta obra não é muito importante. "The Fountain" é para ser sentido, não percebido. Três histórias (uma no passado, outra no presente, e outra no futuro), onde Hugh Jackman é, respectivamente, um conquistador espanhol em busca da Árvore de Vida, um neurocirurgião a tentar curar o tumor da sua mulher (Rachel Weisz, que em todas as histórias interpreta a sua amada... quer seja, a sua mulher, ou uma rainha espanhola...), e um astronauta viajando numa nave (nave esta que é nada mais nada menos que uma bolha gigante... inovador e visualmente espectacular, no mínimo). Todas as histórias se interligam, convergindo na criação de uma única e epica história que é a viagem de um homem desde a escuridão à luz, viagem esta moticada pela mais nobre de todas as razões: o Amor.

"The Fountain" fala da morte e da sua aceitação, de renascimento, do amor... a sua lição é, talvez (e particularmente na sociedade actual), chocante para muitos... mas sem dúvida importante e necessária. A história é obviamente subjectiva e aberta à interpretação. Mas a história desta obra é talvez dos seus aspectos que menos importam... pois este filme (tal como já disse) é para ser sentido, não racionalizado. Até porque, seja qual for a interpretação de cada um, a lição do filme e os seus sentimentos são imutáveis. Tal como Aronofsky disse, ""The Fountain" é bastante como um cubo de Rubick, no qual há várias formas de este ser resolvido, mas no final existe apenas uma solução".
Jackman e Weisz interpretam na perfeição um casal apaixonado. A interpretação de Jackman é particularmente notável. A sua intensidade sempre realista e arrebatadora é simplesmente incrível.


Este é um filme único. Aronofsky queria fazer algo diferente e inovador... e foi isso mesmo que fez. É por isso compreensível que existam aqueles que o adoram e aqueles o odeiam. Pessoalmente, amo-o. Considero-o um dos filmes da minha (ainda bastante curta, diga-se de passagem) vida. "The Fountain" é um filme que vive comigo, que me influencia, que me marcou. Não é um filme para todos, claro. Mas é um filme que deve ser visto, nem que seja pela obra única que é.

Quanto a mim, deve ser visto pela obra transcendental que é. Pela viagem emocional e sensatorial. Pela fotografia de Libatique, a banda-sonora de Mansell, e as interpretações de Jackman e Weisz. Mas vale, acima de tudo, pela visão de Aronofsky.
Pois ele é um visionário, e aquilo que ele viu foi isto.


10/10

terça-feira, novembro 27, 2007

Momento hilariante do dia IV

Este é... absolutamente brilhante. Do melhor que Seth Green e companhia já fizeram no seu excelente programa de sketches: Robot Chicken.



Simplesmente magnífico...

sábado, novembro 24, 2007

Pequena descoberta do dia



Pequenas imagens dos bastidores de "Requiem for a Dream". Extremamente interessante, nem que seja para ver a forma como Aronofsky se comporta durante as filmagens de uma das suas Obras-Primas.

terça-feira, novembro 20, 2007

Então... será que este vai ser um daqueles directos para DVD?



"Night Watch" estreou nas nossas salas de cinema em Setembro (se não me engano) de 2005. Foi largamente publicitado como o primeiro capítulo de uma trilogia, baseada numa famosa saga literária russa. Foi um excelente e visualmente único filme de fantasia, uma pequena delícia que adorei ver numa sala de cinema. Seria de esperar, tendo sido lançado o primeiro capítulo nos cinemas nacionais, que o mesmo acontecesse com o segundo, "Day Watch". O filme estreou em Junho deste ano nos Estados Unidos, tendo sido lançado em Setembro e Outubro por vários países europeus. Mas, curiosamente... por cá nem tem estreia marcada. E eu, pessoalmente, começo a ficar assustado. Porque, tendo gostado bastante do primeiro capítulo, estou desejoso de ver o segundo. E tendo em conta que o segundo deve ser visuallmente tão espectacular como o primeiro... ficava bastante chateado se não pudesse ver isto no cinema. Mas começo a desconfiar que é isto mesmo que vai acontecer.

Enfim, espero bem que isto estreie por cá, nem que seja só no próximo ano... mas desconfio que vamos ter mais um "A Scanner Darkly" para adicionar à lista (ou então ainda hão-de lançar o filme só em duas salas...).

domingo, novembro 18, 2007

O Poeta do Som/Imagens




Se existe um filme que demonstra verdadeiramente a forma como Gus Van Sant consegue pegar em imagens em movimento (ou não), e a partir delas fazer algo de uma inegável vaga de sentimentos e de uma melancolia profunda... esse filme é "Paranoid Park". Com esta obra, Van Sant leva o seu fabuloso controlo do som e da imagem a um novo nível. Tal controlo já tinha sido mostrado nos seus anteriores filmes (particularmente com "Elephant")... mas desta vez, Van Sant atingiu verdadeiramente um novo patamar. O uso do som e das imagens (seja de um duche em que a câmara-lenta e o ensurdecedor barulho de fundo mostram o desespero da personagem principal, ou de jovens a andar de skate com um sorriso na face) são apenas instrumentos que Van Sant usa para nos colocar dentro da mente e do coração da sua personagem principal. Neste caso, Alex Tremain, um jovem que se vê envolvido na morte acidental de um segurança. Os sentimentos de culpa de tal acto aliados o isolamento típico da juventude são mostrados de forma perfeita por Van Sant, que sabe como ninguém captar a essência de uma juventude/geração. Nunca vemos Alex chorar. Nunca o vemos numa explosão de fúria ou de dor. Porque, num adolescente, o mais importante é sempre aquilo que não vemos... o interior, não a superfície. Porque existe sempre algo mais para um jovem nesta fase da vida. Algo mais que a guerra do Iraque, algo mais que as aulas de biologia... existe (como chega a dizer Alex) "um universo de cenas superiores". E apenas Van Sant consegue recriar de forma magnífica os conturbados sentimentos da adolescência... apenas ele nos consegue convidar a olhar para o verdadeiro interior das suas personagens, símbolos de uma geração, de uma juventude. Um dos filmes do ano (mas aviso já para nao ficarem à espera de algo melhor que "Elephant"!). Visualmente maravilhoso (é espectacular o que este homem fez com os skaters... e o Van Sant aliado ao Christopher Doyle...) e emocionalmente poderosíssimo.

Este filme voi visionado na última sessão do European Film Festival. Um festival que, segundo me informaram, não verificou grande afluência por parte do público. Algo compreensível, devido aos problemas de organização, à falta de pulicidade, e à falta de interesse que a imprensa revelou pelo festival. Já para não falar do espaço... aquela placa a dizer que a entrada era interdita a menores de 18 anis deve ter assustado muito boa gente (enfim... eu lá tive de entrar por uma entrada lateral, que dava acesso directo á sala...).
Pessoalmente, desejo verdadeiramente uma nova edição deste festival no próximo ano. Que se mantenha a qualidade da selecção de obras... e que se melhore a organização do festival (eu nem tenho razões de queixa, mas por mais de duas ou três vezes modificaram à última da hora a programação).
Se no próximo ano houver uma seguna edição... lá estarei.

sexta-feira, novembro 16, 2007

Trailer de "The Air I Breathe"



Uma pequena desilusão, este trailer. É bem provável que seja uma tentativa do estúdio de banalizar e comercializar um filme único e experimental (alguém se lembra do trailer do "The Fountain"?)... a ver vamos... De qualquer forma, continuo extremamente ansioso por este filme. Nem que seja pelo elenco...

segunda-feira, novembro 12, 2007

Tão controverso e importante quanto genial




"Redacted" é um filme que apenas um génio como Brian De Palma conseguiria fazer. Um filme que conjuga de forma incrível a noção do real e de ficção, usando tudo desde vídeos do Youtube, reportagens de televisões árabes... e um elenco de actores amadores simplesmente fabuloso. Apenas um realizador como De Palma teria o talento necessário e a coragem de fazer um filme tão experimental e único. E há ainda a mensagem desta Obra-Prima. Pois "Redacted" não é um simples filme anti-guerra... este é, acima de tudo, um filme pró-verdade.

Um dos filmes do ano. Tem estreia marcada no nosso país para 6 de Dezembro, onde estreará com o título de "Censurado".

Visionei esta Obra-Prima ontem no European Film Festival que está de momento a decorrer no Estoril (e do qual já aqui devia ter falado há mais tempo, mas enfim...). Para mais informações, consultem o site oficial.

segunda-feira, outubro 29, 2007

Fast-food cinematográfico?



Em quatro anos, quatro filmes. Devo admitir que apenas vi os primeiros dois (o primeiro foi minimamente interessante, o segundo uma perda de tempo), mas pergunto-me... será esta uma fórmula de "quantidade acima de qualidade" aplicada ao cinema? Será que necessitamos mesmo de tantas sequelas?

Enfim, seja a resposta afirmativa ou negativa, Saw V e Saw VI já estão confirmados. E Saw IV fez 30 milhões no primeiro fim-de-semana.

sábado, outubro 27, 2007

80 anos depois



E 80 anos depois, "Metropolis" continua a ser um filme futurista e... profético. Visualmente espectacular e moralmente poderosíssimo, este filme é cinema sci-fi no seu melhor. 80 anos depois.

"Metropolis" é incrível. Absolutamente incrível.

quarta-feira, outubro 24, 2007

Trailer de "Slipstream", um filme escrito, realizado e interpretado por... Anthony Hopkins

Escrito e realizado pelo (grande) Anthony Hopkins, "Slipstream" é a história de um já velho argumentista (interpretado pelo próprio Hopkins) que passou toda a sua vida a viver em dois mundos: o mundo real, e o seu próprio mundo interior. Enquanto trabalhava num novo argumento, e sem sabendo que a sua mente estava à beira da implosão, as suas personagens começam a aparecer misteriosamente na sua vida em carne e osso.

Hopkins definiu "Slipstream" como um filme "estranho e peculiar". E, de facto, aqueles que já o viram concordam com o realizador.

A história (e o trailer) parece-me extremamente interessante... e o facto de vir da mente de um dos grandes actores do cinema contemporâneo aguça ainda mais o meu interesse.

Aqui está o trailer:

sábado, outubro 20, 2007

INTENSO




Mais intenso que tipos por aí a balançar em teias. Mais intenso que uma luta de piratas em cima de um mastro no meio de uma tempestade. Mais intenso que robôs gigantes a lutarem uns contra os outros enquanto se transformam em veículos.

Porque, afinal de contas, o CGI é uma bela ferramenta... mas não há nada melhor que cenas de acção à antiga. Cenas de acção realistas, em que as personagens sangram e parecem estar mesmo em perigo.

"The Bourne Ultimatum" dá-nos tudo isso, juntamente com a fabulosa história de uma personagem dotada de uma complexidade moral como raramente se vê neste tipo de cinema. Quanto a mim, é um clássico instantâneo. E o final perfeito para uma excelente trilogia.

quinta-feira, outubro 18, 2007

Spielberg e Jackson realizam terceiro capítulo da trilogia de "Tintin"... em conjunto?!


Numa recente entrevista, Steven Spielberg afirmou que ele próprio e Peter Jackson estão à procura de um realizador para o terceiro capítulo da sua trilogia de "Tintin"... mas ponderam, ainda assim, a possibilidade de realizarem o terceiro filme em conjunto.

Ainda não sei exactamente o que pensar em relação a isto. Cresci a ler os livros de banda-desenhada e a ver a série de animação (ahh a nostalgia que esta imagem aqui de cima me transmite...)... e não consigo imaginar o universo de Hergé numa versão cinematográfica. Fico satisfeito por serem estas duas grandes mentes a criarem a adaptação, e por terem decidido fazer os filmes em CGI... mas, muito sinceramente, não consigo evitar estar um pouco céptico.

Mas, ainda assim... um filme realizado por Jackson e Spielberg em conjunto? Isso seria o sonho de qualquer cinéfilo.

quinta-feira, outubro 11, 2007

Momento hilariante do dia IV



Vale sempre a pena descobrir ou recordar...


Os 15 Factos mais importantes sobre Chuck Norris



Facto nº 1: As armas não matam pessoas. Chuck Norris é que mata pessoas.


Facto nº 2: A maior exportação proveniente de Chuck Norris é Dor.


Facto nº 3: Não existe nenhum queixo por baixo da barba de Chuck Norris. Existe apenas mais um punho.


Facto nº 4: Chuck Norris guia uma carrinha de gelados coberta de caveiras humanas.


Facto nº 5: As lágrimas de Chuck Norris curam o cancro. É uma pena que ele nunca tenha chorado.


Facto nº 6: Chuck Norris não vai à caça... ELE VAI À MATANÇA.


Facto nº 7: Chuck Norris não dorme. Ele espera.


Facto nº 8: Não existe nenhuma teoria sobre a evolução. Apenas uma lista de criaturas às quais o Chuck Norris permite a existência.


Facto nº 9: Chuck Norris não usa um relógio. Ele DECIDE que horas é que são.


Facto nº 10: Chuck Norris é a razão pela qual o Wally se esconde.


Facto nº 11: Chuck Norris contou até o infinito... duas vezes.


Facto nº 12: Chuck Norris não escreve livros. As palavras simplesmente se agrupam por medo.


Facto nº 13: Chuck Norris inventou o preto. De facto, ele inventou todo o espectro de cores visíveis. Menos o cor-de-rosa... o Tom Cruise é que inventou esse.


Facto nº 14: Não existem armas de destruição maciça no Iraque. Chuck Norris vive no Oklahoma.


Facto nº 15: Chuck Norris tem um profundo e grandioso respeito pela vida humana... a não ser que esta se ponha no seu caminho.


Podem consultar todos os factos aqui. Consultem-nos, ou sentirão a fúria de Chuck Norris.

sexta-feira, outubro 05, 2007

Trailer de Sweeney Todd!



Tal como já disse, este é um dos filmes que mais anseio. E tal ansidedade é perfeitamente justificada por este trailer.
Ahh como seria bom se isto cá chegasse no Natal...

segunda-feira, outubro 01, 2007

Novo trailer de Wall-E



Lembro-me de ter visto teaser desta próxima obra da Pixar antes do magnífico "Ratatouille", e de ter pensado para mim mesmo... "Isto vai ser algo especial". É claro que... enfim, se é da Pixar, que outra coisa seria de esperar? "Wall-E", no entanto, parece verdadeiramente maravilhoso e único, diferente daquilo que este estúdio fez até agora. O novo trailer (em francês), está aqui, e apesar de não mostrar muito mais que o teaser, fez-me pensar com maior intensidade exactamente o mesmo que esse primeiro vislumbre... isto há-de ser algo especial.

E sairá no mesmo ano da próxima obra de Myiazaki, "Ponyo on the Cliff"... palpita-me que 2008 será um maravilhoso ano para o cinema de animação. Porque Myiazaki nunca desaponta. E a Pixar também não (apesar de ainda não ter visto "Cars", essa tão chamada obra menor do estúdio...).

sábado, setembro 29, 2007

E agora, algo completamente diferente




Sou um enorme fã dos Monty Python. De facto, grande parte da minha infância foi passada sentada em frente à televisão a ver as cassetes dos vários episódios e filmes deste incrível grupo que o meu pai foi gravando ao longo da sua vida. Os Monty Python fizeram algum do melhor humor que eu jamais vi, e deram-nos tais pérolas cinematográficas como "Em Busca do Cálice Sagrado" ou "O Sentido da Vida" (um filme que tem momentos de humor tão bons que existem alturas em que eu fico simplesmente parvo a olhar para o ecrã).

Foi, por isso, com algum cepticismo que entrei no Casino de Lisboa para ver "Os Melhores Sketches dos Monty Python", um espectáculo em que um elenco de luxo (Miguel Guilherme, Jorge Mourato, António Feio, Bruno Nogueira, e José Pedro Gomes) interpreta alguns dos mais conhecidos sketches deste tão famoso grupo... sketches traduzidos e adaptados à língua portuguesa. E esta ideia não me agradava muito. Se tentassem fazer algo novo a partir dos sketches, sem se manterem fiéis ao espírito Python... o espectáculo seria um fracasso. Porque, apesar de a equipa envolvida ser sem dúvida talentosa (além do elenco, Nuno Markl foi quem fez a adaptação/tradução dos sketches)... ninguém, mas ninguém, chega aos calcanhares dos Monty Python.

É, por isso, com uma enorme satisfação que digo que o especáculo é muito bom. Mesmo muito, muito bom. É, acima de tudo, uma magnífica homenagem, extremamente fiel ao espírito dos Python... havendo ainda espaço para uma ou outra piadita tipicamente portuguesa. O elenco é todo ele óptimo (fiquei, acima de tudo, impressionado com o Jorge Mourato, que me parecia ser o mais fraquito do elenco... mas que teve também ele uma performance fabulosa), as traduções/adaptações excelentes.. e é nostálgico ouvir o tema dos Monty Python a tocar por algumas vezes ao longo do espectáculo, ou até mesmo a voz do António Feio a dizer "E agora, algo totalmente diferente".

E além disso, a equipa atreveu-se mesmo a ir onde eu julguei que não se atreveriam, já que os sketches dos Python são mais longos e mais complexos que o normal... esperava que se ficassem pelos sketches mais curtos, mas chegaram mesmo a fazer aquele que eu considero um dos mais complexos, longos, e melhores sketches que os Python já fizeram: o incrível sketch d'A Piada Mortal.

Por isso, sejam ou não fãs dos Python, vão o mais rapidamente possível ver este maravilhoso espectáculo. Se forem grandes fãs, como eu, adorarão o espírito de homenagem e a fidelidade do espectáculo. Se nunca tiverem sequer ouvido falar dos Monty Python... preparem-se, porque depois disto ficarão fãs.

(E, numa nota à parte... desde quando é que a Pontinha se tornou tão famosa? É que, raios, esta localidade foi por duas vezes mencionada ao longo do espectáculo! E sendo eu um habitante da Pontinha... enfim... Obrigado, Nuno Markl! (é claro que não se referiam à Pontinha de uma forma muito elogiosa, mas paciência...))

sábado, setembro 22, 2007

Finalmente! O trailer de "Southland Tales"!

Finalmente chegou até nós o trailer da obra que marcará o regresso de Richard Kelly após a sua brilhante obra de estreia: o incrível "Donnie Darko".

O trailer é magnífico e, digam o que disserem acerca do elenco, este ainda há-de ser um dos filmes do ano.

segunda-feira, setembro 17, 2007

Adeus, Premiere




Foi irónico a simultanemanete triste que hoje, o dia em que comprei finalmente a edição de Setembro (que já me escapava à muito), tenha sido também a triste data da revelação de um enorme vazio que nasce agora na imprensa portuguesa: a "Premiere" deixará de ser publicada em Portugal, sendo a edição de Outubro a última da revista.

Longe de ser uma revista perfeita, a "Premiere" era ainda assim a única publicação inteiramente dedicada à Sétima Arte do mercado português. Gostemos ou não da revista (eu, pessoalmente, era um comprador assíduo), existe agora um vazio. Um triste vazio não só na nossa imprensa, mas também no actual panorama cinematográfico português.

Esperemos que surja em breve uma outra publicação capaz de ocupar o vazio que agora existe. Uma publicação que consiga talvez até mesmo superar a "Premiere". Quem sabe... talvez uma nova publicação feita por esta geração cinéfila que existe agora na blogoesfera portuguesa, e que já é ela própria como uma enorme e gigantesca "Premiere" online, feita por centenas de colaboradores...

Vou agora continuar a saborear lentamente esta edição de Setembro, sabendo que de Outubro será a última... a última "A Guerra das Estrelas", o último "Os Dias de Criswell"...

A última edição de uma revista que, para o melhor e para o pior, era inegavelmente um pedaço significativo do universo cinéfilo português.

Podem ler aqui o comunicado/despedida de José Vieira Mendes.

domingo, setembro 16, 2007

Lembram-se daquele comentário áudio ao "The Fountain" que o Aronofsky disse que qualquer dia colocava na Internet?




Voilá. Ainda não o ouvi do princípio ao fim, como tenciono fazer enquanto vejo o filme, mas já estive a dar uma olhadela (aka a ouvir um pouco) e... para os que esperavam uma completa explicação do filme... lamento, mas não terão isso. Mas, afinal de contas, o que haverá para explicar num filme cuja história se rege mais por sentimentos do que factos, e em que a trama em si é talvez o factor menos importante? Aronofsky quer que o filme seja aberto à interpretação, que cada espectador veja o filme à sua própria maneira... e assim será. Mas, ainda assim, o comentário (pelo que ouvi) expõe um ou outro tema existente no filme... ou seja, não esperem pensar "Ahhh, então é isto que aquilo significa!", mas antes "Ahhh, não sabia que aquilo, além de significar aquilo que eu achava que significava, também significa isto!".

Aronofsky fez uma meditação, não uma explicação.

E ainda bem, já que desta forma "The Fountain" mantém-se como um exemplo magnífico daquela que é uma das mais poderosas caracterísiticas do cinema (e da arte em geral): a sua subjectividade. E além disso, é também um enorme exemplo do quão poderoso e único um filme pode ser, já que "The Fountain" é, pura e simplesmente, uma experiência arrebatadora.

quinta-feira, setembro 13, 2007

Momento hilariante (e sábio!) do dia III




Amem-no ou odeiem-no... é complicado não respeitar este homem.

quarta-feira, setembro 12, 2007

O Túmulo dos Pirilampos, de Isao Takahata

Nota: esta crítica discutirá alguns aspectos importantes da trama desta obra. Se ainda não viram o filme e desejam sem qualquer tipo de conhecimento da sua história, por favor não leiam esta crítica. Apesar de o desfecho da história ser revelado logo no seu início, mas enfim... Esta é uma obra incrível, e não quero correr o risco de a estragar a alguém.



Lágrimas

"O Túmulo dos Pirilampos" é uma obra que nos entra de rompante no nosso ser, dirige-se ao nosso coração, parte-o em pedaços, e ao mesmo tempo sussurra-nos ao ouvido algo que deverá ficar connosco durante o resto dos nossos dias. Este é um filme devastador. Emocionalmente devastador. Digo sem preconceitos que "O Túmulo dos Pirilampos" é o mais triste, comovente, tocante filme que vi até hoje.
É, por isso, complicado falar desta obra-prima. A ligação criada com o espectador é de tal forma forte que este tem dificuldades em exprimir o que sente em relação a ela. Posso dizer, no entanto, que este é talvez o mais poderoso filme anti-guerra jamais feito. Mas ao mesmo tempo arrependo-me de dar a este filme a etiqueta de "filme anti-guerra". É anti-guerra, sim, mas é também muito mais que isso.

Esta é a história de dois irmãos: Setsuko, uma jovem rapariga de quatro anos, e Seita, um jovem rapaz de catorze anos. Ambos são vítimas de um bombardeamento durante a Segunda Guerra Mundial, sendo obrigados a procurar refúgio em casa de sua tia. Ela, no entanto, começa gradualmente a tratá-los com desprezo, guardando para ela e os seus convidados grande parte da comida, e acusando-os de serem inúteis para o país em estado de guerra. Seita decide então pegar na sua irmã e abandonar a casa de sua tia, de forma a poderem viver sozinhos da forma que decidirem. Encontram um pequeno refúgio, similar a uma caverna, e decidem fazer desse lugar a sua nova casa. Infelizmente, a comida começa rapidamente a escassear, e a sobrevivência dos irmãos é ameaçada.

"O Túmulo dos Pirilampos" é, pois, na sua forma mais básica, uma história de sobrevivência. O seu desfecho, no entanto, é revelado imediatamente no início do filme: ambas as crianças morrem. E, ao longo de todo o filme, o espectador acompanha os seus espíritos à medida que estes relembram o passado antes da sua morte.

O facto de sabermos desde o seu início o desfecho do filme torna-o ainda mais devastador em termos emocionais. Vemos os dois irmãos a tentarem desesperadamente sobreviver, vemo-los a tentarem cuidar um do outro, vemo-los com a tão típica inocência e esperança da juventude... mas nada disso os poderá salvar do seu fim trágico. Pois serão ambos vítimas não da guerra em si, mas do tipo de sociedade que dela deriva. Vítimas do médico que trata Setsuko com indiferença; vítima da tia que os trata com desprezo: vítimas do enraivecido agricultor que apanha Seita a roubar por desespero. São, pois, vítimas de uma sociedade derivada de um conflito que tolda as mentes dos habitantes de um país, tornando-os insensíveis, e até mesmo egoístas. Tal sociedade, consequência de um conflito que já por si tem inevitáveis efeitos devastadores, não foi feita para suportar duas inocentes crianças que desejam apenas sobreviver. A tragédia de Seita e Setsuko era inevitável dentro de tal sociedade.


"O Túmulo dos Pirilampos" foi realizado por Isao Takahata, co-fundador (juntamente com o grande Hayao Miyazaki) do Estúdio Ghibli. Ninguém faz animação como o estúdio Ghibli, mas esta é de longe a sua obra mais emocional e poderosa. É um drama de um poder incrível que revela que a animação japonesa (o chamado "anime") não é apenas um género, mas antes um estilo dentro do qual existem vários géneros. Existe, infelizmente, o preconceito de que a animação é apenas para crianças. Os filmes do Estúdio Ghibli já há muito que demonstraram o quão errado é esse preconceito. "O Túmulo dos Pirilampos" não é uma comédia familiar, não é um filme com feiticeiros e magia, não é um filme em que tudo acaba bem no final... é um poderosíssimo drama. Um drama que, por acaso, é animado.
E o filme ganha com isso. Não consigo imaginar esta obra como um filme de imagem real (existe uma versão em imagem real... mas essa concentra-se na perspectiva da tia, e não na dos irmãos). O cinema de animação sempre teve uma certa magia que lhe permite várias coisas, entre elas o realçar dos sentimentos das personagens. Esse realçar atinge o seu auge com a obra-prima de Isao Takahata. Os animadores criaram duas personagens incrivelmente humanas, seja no incrível pormenor da forma como Setsuko treme de medo após um bombardeamento, ou na forma como a boca de Seita se deforma quando este chora.
O grande trunfo do filme é o desenvolvimento da relação entre os dois irmãos, tratada de uma forma extremamente realista (magnífica a forma como mostram os irmãos a brincar na praia, ou a brincarem no banho... pormenores que podem não ser de uma necessária importância para a história, mas que são de uma extrema importância para aquilo que o filme quer transmitir). Seita age como um rapaz de catorze anos, e Setsuko age como uma rapariga de quatro anos. E ambos agem como dois irmãos reagiriam, brincando um com o outro, cuidando um do outro, preocupando-se um com o outro... de facto, "O Túmulo dos Pirilampos" é um filme que transmite mais realismo e mais emoção (é, tal como já disse, o filme mais triste/comovente que vi até hoje) que grande parte dos filmes de imagem real que existem por aí.

Este não é um filme fácil. Chorei como já não chorava há muito quando o vi, e marcou-me como uma obra cinematográfica raramente consegue. E é por isso que é o melhor filme anti-guerra que jamais vi. De todos os filmes anti-guerra que vi até hoje, este atreve-se a ir onde os outros não se atreveram. Não existe embelezamento, apenas realismo. Existe esperança, mas ela não se confirma. E, tal como várias outras crianças, Seita e Setsuko são vítimas de uma guerra que não pediram, de uma guerra na qual não participam.

Este é um filme que viverá comigo até ao fim dos meus dias. É um filme cuja lição não deve ser esquecida para que o passado não se repita no futuro. E para que nunca esqueçamos aqueles que pereceram pelos erros cometidos no passado.
"O Túmulo dos Pirilampos" é uma obra tão poderosa quanto obrigatória, e deve urgentemente e obrigatoriamente ser visto por qualquer amante da vida humana. Apenas assim poderemos verdadeiramente perceber os horrores da guerra, e derramar lágrimas por aqueles que pereceram no passado. Muitas, muitas lágrimas.



10/10

terça-feira, setembro 11, 2007

Desafio

Resposta ao (excelente e original) desafio que me foi lançado pelo Cataclismo.

1) Pegar no livro mais próximo: "Dune", de Frank Herbert

2) Abri-lo na página 161: Uh hu...

3) Procurar a 5ª frase completa: 'The blasted carryall disappeared'

4) Colocar a frase no Blog: Feito

5) Não escolher a melhor frase nem o melhor livro (usar o mais próximo): Não escolhi nem a melhor frase nem o melhor livro (apesar de ter a possibilidade de ter feito ambos).

6) Passar o desafio a 5 pessoas:

Wasted Blues
And She Said
Grandes Planos
Movies Confidential
CinePt

segunda-feira, setembro 10, 2007

Olha! Já passou um ano!

Foi há precisamente um ano atrás que criei este pequeno canto, fruto do meu desejo de comunicar com uma uma comunidade cinéfila em tão amplo crescimento e tão diversificada como o é a blogoesfera portuguesa. Desejava expôr a minha opinião e ouvir a dos outros. Queria aprender, partilhar... entrar em contacto com outros cinéfilos. Porque, afinal de contas, o cinema foi feito para ser discutido e, acima de tudo, partilhado.

Este meu pequeno canto deu-me a possibilidade de fazer tudo isso. Tenho tido a oportunidade de interagir com todo o tipo de pessoas, e de aprender com isso. Aprendi não só sobre cinema mas também sobre... digamos, a natureza da arte no geral. E também sobre as relações humanas que se podem criar neste fabuloso meio que é a Internet.

A todos os que visitam este blogue, o meu enorme obrigado. E um obrigado igualmente grande para todos os outros bloguistas que povoam esta blogoesfera, que me inspiraram ao ponto de criar o "Cinefolia", e que ainda hoje me inspiram e entretêm com as suas palavras.

Desejo poder continuar a crescer e a aprender no meio desta maravilhosa comunidade. E esperemos que o blogue possa, ao longo de mais um ano, reflectir isso mesmo.

Já passou um ano... que venham muitos mais (ou pelo menos mais alguns...)!



sábado, setembro 08, 2007

Dragonball Z: O Filme... de imagem real (?!!)

"Looking for a job in the movie industry? It might not be a bad idea to move to Montreal, where -- as The Montreal Gazette reports -- three big-budget projects are scheduled to start filming in the next nine months.

The movies -- all of which are being distributed by 20th Century Fox -- include the Night at the Museum sequel, Another Night; Roland Emmerich's Fantastic Voyage remake; and the long-planned Dragonball Z adaptation. It's this last title that's probably of most interest to the RT faithful, and though the article isn't exactly long on details, it does mention that each of the films carries a budget of at least $100 million, and says all three of them are "expected to wrap production by next July."

The Dragonball Z anime series, which originally ran from 1989 to 1996 (and was itself a sequel to the 1986-1989 Dragon Ball series), adapted creator Akira Toriyama's hugely successful 1984-1995 manga for television audiences. With all that history -- not to mention a devoted worldwide fanbase -- mounting a live-action film adaptation is much easier said than done, which is part of why Fox has had Dragonball Z in and out of development for years. Some fans had (perhaps wishfully) given it up for dead, but it's apparently on a fast track; presumably, we'll be hearing more details soon.

For more information on these projects -- including a few extra tidbits about Another Night and Fantastic Voyage -- click the link below."

Fonte:
Rottem Tomatoes

Sim. Parece que isto vai mesmo acontecer.

Ora bem... eu cresci nos anos 90. Eu vivi toda aquela loucura do "Dragon Ball Z", do "Pokémon" (e considero mesmo alguns dos filmes "Pokémon" bons filmes de animação... e agora o blogue acabou de perder qualquer tipo de credibilidade que pudesse ter vindo a ter), e etc etc.
Hoje em dia ainda tenho uma certa afectividade por esta anime. Mais por valores nostálgicos que outra coisa qualquer (apesar de a animação, mesmo hoje em dia, ser de boa qualidade). Fui ver o filme quando estreou no cinema e é claro que o adorei (até me lembro que houve uma certa controvérsia quando estreou por cá... dizia-se que era demasiado violento).
E sejamos honestos... com uma dobragem destas, era impossível não gostar da série.

E agora vão fazem um filme de imagem real a partir daquela que é discutivelmente uma das mais populares animes de sempre. De imagem real. E é de Hollywood. Eu não digo que seja impossível fazer bons filmes a partir de animes (um dos meus filmes predilectos é o absolutamente incrível "Casshern", baseado na respectiva anime), muito pelo contrário... mas duvido muito que Hollywood consiga pegar na anime e... digamos, interpretá-la da forma correcta.

Ou seja, eles vão pegar nisto:







E transformá-lo nisto:




Mas será que não podem deixar a minha infância em paz? Enfim... será interessante ver um actor qualquer com uma peruca a voar preso por fios gritando ao mesmo tempo "KAMEHAMEHAA!!". Quem sabe... talvez até seja uma bela comédia.

sexta-feira, setembro 07, 2007

Esta magnífica comunidade cinéfila...

Peeping Tom é um pequeno fórum de cinema criado pelo Paulo como descendente directo do extinto Cinestesia. O fórum é ainda relativamente recente, e é de um potencial enorme. Por lá fazem parte alguns ilustres bloguistas (ou será mais adequado dizer "bloggers"? Enfim...) da blogoesfera portuguesa, e todas as conversas são de um tom casual e ao mesmo tempo algo intimista, algo que nunca antes tinha encontrado desta forma nas outras comunidades cinéfilas (que aparecem tão frequentemente inundadas por aquela irritante espécie apelidada de "fanboy"...). Tenho, por isso, uma certa afeição por este pequeno canto.

Faço este post pela mesma razão pela qual criei este blogue: quero contactar com cinéfilos. Quero aprender, quero que as minhas opiniões sejam ouvidas enquanto que ao mesmo tempo oiço as dos outros. Creio que este pequeno fórum é talvez um dos melhores lugares para que isso aconteça, e faço por isso agora este pequeno e tão merecido momento de... digamos, publicidade.

Peeping Tom é uma comunidade que merece sem dúvida a atenção da comunidade cinéfila portuguesa. Por isso mesmo, juntem-se a nós (que final de post tão "Batatoonesco", mas enfim...)!

quinta-feira, setembro 06, 2007

Épico e Intemporal

"Sobrevivemos mais uma vez"

Incrível como o cinema de ontem é tão frequentemente mais poderoso que o cinema de hoje.

segunda-feira, setembro 03, 2007

Sympathy for Mr. Vengeance, de Park Chan-Wook


Ambiguidade moral

"Sympathy for Mr. Vengeance", o primeiro da trilogia de Park Chan-Wook em relação ao complexo tema que á a vingança, é o mais cru, o mais brutal e o mais trágico dos três filmes. O filme conta a história de um jovem surdo que, de forma a obter o dinheiro necessário para o transplante de fígado que a irmã necessita, rapta uma rapariga de forma a pedir um resgate ao pai. A história vai-se lentamente desenvolvendo numa história de vingança em que o espectador é confrontado com a questão colocada no próprio título do filme: o filme possui dois "senhores vingança"... mas para qual deles vai a nossa simpatia? Ambos têm uma razão para o seu desejo vingativo, ambos são personagens consumidos por esse desejo. Nenhum deles é um herói, nem nenhum deles é um vilão... estão apenas consumidos por um desejo que nasceu de uma dor que nenhum deles consegue controlar. Como diz, a certa altura do filme, uma das personagens para outra: "Eu sei que és um bom tipo... mas sabes porque é que te tenho de matar, não sabes?".

O filme é todo ele uma (poderosa, deprimente e trágica) experiência. Park Chan-Wook filmou esta obra de uma forma... crua, mas ao mesmo tempo poética. Os ângulos todos eles magnificamente calculados, os efeitos sonoros do ambiente desconcertantes e usados de forma perfeita, e a banda-sonora do mais minimalista possível aparece em momentos apenas estritamente necessários para dar ao filme um tom ainda mais trágico, cru, e poderoso. O filme tem apenas os diálogos necessários, sendo esta uma obra que fala maioritariamente através de longos planos repletos de uma poesia trágica como raramente vemos no cinema. O filme está, ainda assim, repleto de pequenas pitadas de um extremamente subtil humor negro... algo que ajuda ainda mais a estimular o tom tão característico desta obra-prima.

Os actores fazem todos eles um trabalho fabuloso (com uma pequena menção especial para a adorável rapariga que faz de raptada... de uma inocência e jovialidade tocante). O filme trata as suas personagens como seres humanos, com as suas falhas e as suas qualidades. Lentamente, todas elas vão caindo numa espiral que não podem controlar. Uma espiral de vingança e de dor.

Em "Oldboy", Park filmou a vingança como extremo do ser humando... um extremo da nossa decadência, da nossa obcessão. Em "Lady Vengeance", filmou a vingança como um acto que, apesar de por vezes talvez podendo ser considerado "justo", nunca traz aquilo que o vingador deseja verdadeiramente: redenção... ou o desejo do regresso de uma certa paz. Em "Sympathy for Mr. Vengeance" a vingança é um acto humano.... e, como grande parte dos actos humanos, é ambíguo. Existe sempre um outro lado, existe sempre uma consequência. E essa consequência nunca pode ser controlada.

Sendo Park um realizador com um estilo algo expressionista (podemos, pois, compará-lo a Aronosky) este queria que, ao longo de "Sympathy for Mr. Vengeance", a cor fosse lentamente desaparecendo, até que a meio do filme este se tornasse a preto-e-branco. Infelizmente, o orçamento do filme não permitiu o uso de tal efeito. É uma pena, já que (e uso agora as palavras de Jamie Russel, crítico de cinema) "essa técnica teria sido perfeitamente adequada a este tour de force niilista, no qual não existem as cores preto e branco... apenas tons de cinzento".

"Sympathy for Mr. Vengeance" é um filme tão deprimente e poderoso quanto obrigatório, e seria apenas a primeira de apenas três obras-primas que criariam uma das mais incríveis trilogias jamais vistas no cinema. Trilogia essa que revelou Park Chan-Wook como um dos grandes visionários do cinema contemporâneo.



10/10

sábado, setembro 01, 2007

Obrigado, Cinemateca!



Dia 6 de Setembro, 5º feira, será o dia em que a Cinemateca irá passar o mais popular filme de Akira Kurosawa: "Os Sete Samurais". Infelizmente, eu nunca antes tive a oportunidade de visionar esta suposta (e provável) obra-prima. Mas esta quinta-feira matarei dois coelhos de uma só cajada: irei ver finalmente a obra de Kurosawa, e farei também a minha primeira visita à Cinemateca, algo que já desejo fazer há anos. Nunca se proporcionou, mas irei finalmente visitar aquele verdadeiro santuário dedicado ao Cinema. Se passarem por lá na quinta, eu vou ser o tipo excitado que não se cala (antes do filme, claro, e nunca mas nunca durante o seu visionamento) e que anda de um lado para o outro a observar tudo com um sorriso no rosto.

"Os Sete Samurais" passará fazendo parte do ciclo no ciclo "Um País, um Género: o Japão e o Cinema Histórico", ciclo este que ocorrerá durante o mês de Setembro, sendo exibidos durante os dias de semana, sempre às 15:30, um filme ou documentário dedicado ou proveniente deste país. Teremos, pois, filmes de Myiazaki, Kurosawa, Mizoguchi, e Kitano.

Para mais informações acerca da programação da Cinemateca durante o mês de Setembro, cliquem aqui: http://cinemateca.pt/imgs/programacao/doc.pdf

quinta-feira, agosto 30, 2007

Warner Brothers ordena cortes a "Sweeney Todd"


A Warner Brothers, numa tentativa de obter uma classificação PG-13 para o filme, ordenou que fossem cortadas algumas cenas de violência extrema do mais recente trabalho de Tim Burton: "Sweeney Todd", um filme baseado no famoso musical que fala de um barbeiro homicida.

Ora bem, observemos a premissa... é a história de um barbeiro homicida contada por Tim Burton... será que a Warner não esperava já algumas cenas de... erm... uma certa violência? Será que eles não viram o que este (brilhante) cineasta fez ao "Batman" (falo acerca do tom negro/gótico que ele deu ao herói, e não da forma como ele pegou num livro de banda-desenhada e a partir daí fez uma obra-prima da sétima arte)? Enfim... a estreia do filme nos Estados Unidos está marcada para 21 de Dezembro. É óbvio que a Warner está a tentar aproveitar-se da típica época Natalícia... mas em vez de um filme para toda a família, temos a história de um barbeiro homicida contada pelo cineasta mais gótico (e, volto a dizer, brilhante) do cinema contemporâneo. Tenho o palpite que a Warner está a cometer o mesmo erro que cometeu com o "The Fountain"... esta é a forma (e a altura) errada de tentar vender um filme deste género ao público.

Por cá, é óbvio que o filme não chegará em Dezembro. Mas, chegue quando chegar, este é um dos filmes que mais ansiosamente aguardo.

terça-feira, agosto 28, 2007

Top 5 de Steven Spielberg


5 - Jaws


4 - Close Encounters of the Third Kind



3 - Munich



2 - A.I



1 - Schindler's List

sábado, agosto 25, 2007

Mediocridade




Após o tão mauzinho "Alien VS Predator"... será que precisamos mesmo de uma sequela? Será que não podiam deixar as duas sagas em paz? Ahh Hollywood... tu e as sequelas. Aparentemente, os realizadores deste segundo capítulo acham que litros e litros de sangue são o ingrediente principal na criação de um bom filme.
Infelizmente... estão errados.

Como diria o grandioso Conan O'Brien no grandioso "Late Night", este filme irá ser absolutamente "craptastic".

quarta-feira, agosto 22, 2007

Ratatouille, de Brad Bird

Quando o novo e o velho se misturam


Sempre gostei de Brad Bird. A minha admiração por ele nasceu após este ter feito o absolutamente magnífico "The Iron Giant", um filme de animação com uma profundidade a maturidade como já não se via há muito no cinema americano. Após essa magnífica obra, veio "The Incredibles". E eu não gostei particularmente de "The Incredibles". Pareceu-me um filme desequilibrado, que tentava ser profundo e manter ao mesmo tempo um sentido cómico inerente aos filmes de animação. Respeitei a tentativa de Bird, mas não a apreciei muito.
Mas eu sabia que Brad Bird era extremamente talentoso. Sabia que ele tinha potencial para ser um dos grandes autores do cinema de animação contemporâneo. Faltava apenas mais uma obra que confirmasse esse potencial, esse talento...

E aqui está ela. "Ratatouille" é ainda melhor que "The Iron Giant", é um clássico instantâneo do cinema de animação, um filme de um sentido clássico e de uma honestidade que são de génio. E a consagração de Brad Bird como (tal como já disse) um dos grandes autores do cinema de animação contemporâneo. Porque o cinema de Bird é verdadeiro cinema de autor. "Ratatouille" é um filme intimo, pessoal... e é por isso que é um filme brilhante. Bird fez o filme com amor, criando uma obra que foge aos clichés do género e de uma complexidade emocional (a personagem do crítico, interpretada na perfeição por Peter O'Toole, é um dos melhores exemplos disso) magnífica.

De facto, "Ratatouille" é um pouco como um upgrade da magia dos antigos filmes da Disney (convém mencionar que este é o primeiro filme feito após a fusão da Pixar com a Disney). Um filme que tem essa magia, mas ao mesmo tempo inova em termos de complexidade e actualidade. Não temos canções nem animação em 2D... temos antes personagens realistas, humanas, e um filme com um argumento imaculado, que mantém o espectador interessado do início ao fim, criando uma história que nunca cai na previsibilidade.



Visualmente, o filme é (tal como a Pixar nos tem vindo a habituar) uma verdadeira pérola. Os humanos são criados de uma forma caricatural, dando ao filme um ar vivo e energético. As ratazanas (que apenas o são de espécie, garanto-vos) são também elas maravilhosamente criadas, cada uma com o seu ar característico. Garanto-vos que, no final, é impossível não sentirmos uma fortíssima ligação com a personagem de Remy (interpretado na perfeição por Patton Oswalt), a jovem ratazana que deseja ser um cozinheiro na cidade das luzes (e da melhor comida): Paris. Brad Bird consegue, de forma brilhante, recriar e transmitir sentimentos humanos a partir de um ser que não é um humano. De facto, ninguém faz isto melhor que a Pixar.

Acho curioso ouvir pessoas a apelidar "Ratatouille" de comédia. As piadas (sempre de bom gosto e de bom coração) existem, sim, mas são usadas apenas como utensílios de modo a dar o tom perfeito ao filme. E, além disso, elas têm sempre um objectivo... quer seja para revelar o quão desastrado Linguini (o rapaz que faz parceria com Remy, aproveitando os dotes culinários do animal), ou para revelar o quão determinada é Colette (a única mulher existente na equipa de cozinheiros do restaurante). "Ratatouille" não é uma simples comédia. É um filme profundo, intímo, clássico e complexo ao mesmo tempo.

Brad Bird criou um clássico instantâneo do cinema de animação. Um filme que relembra os antigos filmes da Disney que povoavam a nossa infância, ao mesmo tempo criando um filme talvez mais complexo, actual e intímo que esses próprios filmes. É um filme honesto, clássico, intimo, e profundo. A mensagem de "Ratatouille" (não estamos condicionados pelas nossas origens ou pela nossa situação actual... nem todos podem ser um génio, mas um génio pode aparecer de qualquer lado) tem tanta importância hoje como daqui a trinta anos.

É um dos filmes do ano e dos grandes filmes de animação da década (juntamente com "Finding Nemo" e "A Viagem de Chihiro"). Um clássico instantâneo que prova aquilo que julgávamos impossível: afinal de contas, aquela magia dos antigos filmes 2D não desapareceu. Apenas se manifesta de uma outra forma.


9.5/10

(Aviso-vos já que, com um revisionamento, é bem provável que isto suba para um 10 redondo)

terça-feira, agosto 14, 2007

Momento hilariante do dia II



Cliquem na imagem para a poderem ver no seu tamanho original.

Nota: O facto de esta pequena crónica se chamar "Momento hilariante do dia" não significa que eu faça posts destes todos os dias (eu é que simplesmente não resisti em mostrar já esta pequena pérola à Wasted)! Estas pérolas são complicadas de encontrar... estou a ver que dentro em breve terei de colocar um ou outro cartoon de minha autoria...

segunda-feira, agosto 13, 2007

Momento hilariante do dia

sábado, agosto 11, 2007

Isto é a prova definitiva...




...de que algo muito, muito estranho se passa com o Christopher Walken...

segunda-feira, agosto 06, 2007

Parabéns, M. Night Shyamalan!



Manoj Nelliyattu Shyamalan, mais conhecido por M. Night Shyamalan, nasceu à 37 anos atrás. Ficou famoso pelo filme "O Sexto Sentido", pelo qual foi nomeado ao Óscar de Melhor Realizador. À medida que a sua carreira foi progredindo, o mesmo aconteceu à sua carreira, e os seus filmes foram, na minha opinião, sendo gradualmente melhores. A sua magífica Obra-Prima, "A Vila", é um filme que eu considero como um dos melhores da década. Uma obra de uma poesia arrebatadora, e que consegue estimular tanto o coração do espectador como a sua mente. Foi um filme odiado pela crítica americana (os críticos americanos têm mesmo de começar a ter uma mente mais aberta...), mas extremamente bem recebido pela crítica europeia. "Lady in the Water", o seu mais recente filme, pode não ser tão bom como "A Vila", mas é ainda assim um filme absolutamente magnífico, tendo sido uma das melhores obras a estrearem nas nossas salas no ano de 2006. Não posso afirmar que seja um filme "pior" que "A Vila". É, simplesmente, um filme diferente, que aborda um tema diferente de uma forma diferente. "A Vila" era uma história de amor com contornos de crítica social. "Lady in The Water" é uma fábula com contornos de crítica à natureza humana (nomeadamente, à nossa perda de inocência e da capacidade de simplesmente ACREDITAR).

O que de melhor se pode dizer de Shyamalan é isto: tem 37 anos, e fez ainda apenas 7 filmes... mas já é um dos mestres do cinema contemporâneo.

Deixo aqui ao lado uma pequena sondagem que creio ser adequada à ocasião.

domingo, agosto 05, 2007

Death Proof, de Quentin Tarantino



Profundo entretenimento


Quentin Tarantino é um génio. Se olharmos para a sua filmografia, veremos que nenhum filme que ele fez até agora está abaixo da excelência. Até mesmo os seus dois piores filmes ("Kill Bill vol.1" e "Jackie Brown") são filmes verdadeiramente excelentes. Tarantino é simplesmente um dos grandes reaizadores da sua geração, e um dos grades realizadores do cinema contemporâneo. E isso é algo que mais uma vez se confirma com este "Death Proof", a homenagem de Tarantino aos filmes B que tanto o inspiraram.

Tarantino tem um dom. Ele consegue fazer um filme de um determinado género, homenageando esse género ao mesmo tempo que o inova. Este "Death Proof" não é apenas mais um filme de série B... este é o filme de sére B do Tarantino. Um filme que pega nas características do seu género, e a partir delas faz algo verdadeiramente incrível, algo novo, algo inovador. E apenas Tarantino consegue fazer filmes assim.

"Death Proof" é uma das melhores experiências que jamais tive numa sala de cinema. Diverti-me como já não me divertia há bastante tempo. Mas não é apenas entretenimento. É uma homenagem de uma realizador ao género que o inspirou. "Death Proof" é um filme feito com amor, e isso notsa-se. Seja nas maravilhosas citações a filmes do mesmo género, seja na brilhante banda-sonora, "Death Proof" é um filme que vive pelo amor do seu realizador. Amor esse que passa para o próprio especador. Tarantino divertiu-se a fazer este filme, e é essa mesma diversão que passa para o espectador. Um diversão á base do amor por um género, amor pelo cinema.


"Death Proof" é o filme B perfeito. Temos um conjunto de raparigas do mais sexy possível, e um vilão (magnífico Kurt Russel!) simplesmente espectacular; uma banda-sonora que ainda mais acrescenta ao tão perfeito ambiente de toda a obra; uma das melhores perseguições de carros jamais feitas no cinema; maravilhosas referências não só a outros filmes B, mas também a outros filmes deste mesmo realizador (sinal não de arrogância por parte de Tarantino, mas antes de reconhecimento do tipo de público que vai ver os seus filmes... e são também pequenos pormenores que ele próprio gosta de ver nos seus filmes).

"Death Proof" é uma magnífica obra-prima. Um dos filmes do ano. Um dos filmes dos últimos anos, já agora. Tarantino criou uma magnífica e imperdível experiência.

Saí do cinema com um enorme sorriso estampado no rosto (o filme tem um final simplesmente brilhante, que é como o culminar de todos os sentimentos que o espectador sentiu ao longo da obra), e isso, meus amigos, já é dizer muito. Mesmo, mesmo muito.


10/10

quinta-feira, agosto 02, 2007

Vi finalmente...



...esta magnífica obra-prima. E à medida que visionava, com lágrimas nos olhos (obra extremamente comovente, este "Cartas de Iwo Jima") este magnífico, emocionalmente complexo filme do grande Clint Eastwood, uma pergunta vagueava-me pela mente: porque é que este senhor...



...não recebeu sequer uma nomeação ao Óscar? Enfim... este grande Ken Watanabe continua a não receber o valor merecido. Ele, que foi a melhor coisa d'"O Último Samurai" e do "Memórias de uma Gueixa". Ele, que tem uma presença incrível. Ele, que consegue hipnotizar o espectador com o seu talento.

Enfim... um actor extremamente subvalorizado, este grande Ken Watanabe.

sábado, julho 28, 2007

O poder/simbolismo de uma imagem

A Lista de Schindler

sexta-feira, julho 27, 2007

Finalmente!






Após sabe-se lá quanto tempo à espera, "Blade Runner", a obra-prima de Ridley Scott, terá finalmente um lançamento em DVD digno. Serão lançadas uma edição de dois discos, uma de quatro discos, e uma de cinco discos (sendo esta última lançada naquela maravilhosa mala que está nas imagens de cima), além do lançamento de versões HD-DVD e BluRay.

A versão de dois discos terá a versão final do filme (aquela em que Scott tem andando a trabalhar durante anos), além de um complexo documentário (apelidado de "Dangerous Days: Making Blade Runner").

A versão de quaro discos terá tudo aquilo que a de dois dicos possui, e ainda mais três versões do filme ( a versão teatral, o Director's Cut, e a versão internacional), e ainda um disco repleto de featurettes e outros extras.

A edição de quinto discos terá, além daquela maravilhosa mala, a mítica WORKPRINT VERSION, uma lendária versão de "Blade Runner", considerada a mais diferente de todas as outras.

Tudo isto terá lançamento nos Estados Unidos a 18 de Dezembro, mas tendo em conta que este será muito provavelmente um lançamento mundial (tal como foi com o pack "Superman", e outros do género), é bem provável que seja lançado por cá nessa mesma data.

Além de tudo isto, a nova versão de "Blade Runner" (Final Cut) terá lançamento em algumas salas de cinema nos Estados Unidos, e será tambem mostrada no Festival de Veneza.

Mas que belas notícias. Após tanto tempo de espera, iremos ver finalmente uma edição DVD digna da qualidade, da importância, da magnitude desta obra-prima.

Mais informações (incluindo detalhes exactos acerca dos vários extras das várias edições) podem ser encontradas aqui: http://www.thedigitalbits.com/articles/br2007/announce.html

Eu bem queria colocar aquele link inserido na palavra "aqui"... mas as minhas capacidades de uso do Blogger ainda são algo limitadas.

quarta-feira, julho 25, 2007

Harry Potter e a Ordem da Fénix, de David Yates


Atribulada adolescência

"Harry Potter e a Ordem da Fénix" é a quinta adaptação dos famosos (e brilhantes, como eu já tantas vezes afirmei neste blog) livros de J.K. Rowling. Este é o quinto de sete filmes baseados em sete livros. E como é que são os filmes, comparados com os livros? Bem... os filmes são como os livros... com bastantes coisas cortadas, e com tudo a decorrer em fast-forward. Ou seja, nenhum dos filmes até agora conseguiu chegar sequer aos calcanhares do respectivo livro. No entanto, na minha opinião, estes filmes devem ser julgados tal e qual como aquilo que são: filmes. Ou seja, devemos julgá-los e analisá-los como obras cinematográficas, em vez de simples adaptações de obras literárias previamente criadas.
Assim sendo, posso afirmar que creio que todos os filmes conseguiram até agora manter um extremamente aceitável nível de qualidade. E o mesmo acontece com este "Harry Potter e a Ordem da Fénix", o mais negro e mais adulto dos cinco filmes até agora criados.

Agora com quinze anos, Harry Potter (Daniel Radcliffe) atravessa aquela atribulada fase da puberdade, tendo ao mesmo tempo de se preocupar com o facto de o Ministério da Magia não reconhecer que Lord Voldemort regressou. Na tentativa de impedir que Harry e Dumbledore (um hiperactivo e irritante Michael Gambon) convençam o resto da população de feiticeiros que Voldemort (um sempre agradável Ralph Fiennes) regressou de facto, é enviada para Hogwarts, com o objectivo de espiar/manter sob controlo o que se passa na escola, Dolores Umbridge (fantástica Imelda Staunton), que ocupa na escola o cargo de professora.

Daniel Radcliffe está igual a si mesmo (ou seja, suficiente apenas para transmitir à personagem a profundidade necessária para que o espectador se preocupe minimamente com aquilo que lhe acontece), e o mesmo se pode dizer acerca de Emma Watson (que faz de Hermione Granger) e Rupert Grint (que faz de Ron Weasley). De facto, neste filme nem Emma nem Rupert têm grande coisa que fazer, já que toda a história ocorre à volta de Harry e dos seus problemas hormonais (problemas esse que Rowling trata de uma forma exagerada no livro respectivo, criando assim o pior capítulo da saga). Tanto Ron como Hermione são apenas os amigos de Harry Potter... e nada mais.



Felizmente, temos Imelda Stunton num papel simplesmente fabuloso, que cria uma Dolores Umbridge fascinante e desagradável ao mesmo tempo, dando ao filme uma tão necessária magia que de outra forma este poderia não ter. Gary Oldman faz um belo papel como Sirius Black, o padrinho de Harry, e o maior mérito do filme é o facto de este conseguir mostrar a profundidade da relação entre ambos. Sirius revive em Harry a amizade que tinha pelo seu pai, James Potter, e Harry vê em Sirius a possibilidade de ter aquela família que nunca teve. A relação entre Sirius e Harry nunca tinha sido tão explorada como neste filme, e David Yates sabe exactamente como a desenvolver, comovendo o espectador com a relação entre este padrinho e o seu afilhado. É claro que é óbvio que este desenvolvimento ocorre apenas na tantativa de dar mais ênfase e poder a uma certa coisa que acontece numa certa parte do filme... mas ainda assim, é uma bela exploração destas duas personagens.

O filme tem todo ele um ambiente mais negro e mais adulto que os filmes anteriores, mas ainda assim não é uma obra tão conseguida como "Harry Potter e o Cálice de Fogo". David Yates não consegue dar a profundidade emocional necessária a um filme que é, à partida, todo ele sobre a adolescência e os seus múltiplos problemas. Ainda assim, a forma como Yates aproxima a história é minimamente interessante, e o filme consegue, tal como disse, manter um muito aceitável nível de qualidade. E, tendo em conta que do pior dos sete livros saíu um dos melhores filmes, não posso evitar ficar curioso em relação à forma como este realizador irá fazer a adaptação de "Harry Potter and the Half-Blood Prince", esse sim um livro verdadeiramente magnífico.

Mas por agora ficamos com este "Harry Potter e a Ordem da Fénix" que, apesar de não ser um grande filme (tal como nenhum deles o foi até agora), proporciona ainda assim uma bela ida ao cinema, divertindo e emocionando o espectador durante as suas duas horas e quinze minutos de duração (sendo, pois, este o mais curto dos cinco filmes... curiosamente baseado no maior livro da saga).



7/10

segunda-feira, julho 23, 2007

O fim de uma saga






"'Harry Potter,' he said, very softly. His voice might have been part of the spitting fire. 'The boy who lived'"

Há medida que era o primeiro da grande fila Na Bertrand do Centro Comercial Colombo (e só tive de esperar uma hora e vinte minutos para ser o primeiro!), ansioso pela meia-noite, sentia-me algo triste por saber que nunca mais poderia fazer isto. Não falo de ir às onze e tal para o Colombo para comprar um livro (foi a primeira vez que o fiz), mas antes de ansiar por saber como iria continuar a brilhante história criada por J.K. Rowling. Este "Harry Potter and the Deathly Hallows" seria o final de uma das mais populares (e, se me permitem, das melhores) sagas literárias do nosso tempo. O fim de uma história que eu adoro, o fim de uma viagem de dez anos (no meu caso não dez, mas aproximadamente uns seis ou sete) que começou com a primeira aventura deste joven feiticeiro, "Harry Potter and the Philosopher's Stone".
Restava-me esperar que este último capítulo fosse um final satisfatório para a saga.

E, de facto, "Harry Potter and the Deathly Hallows" é um final extremamente satisfatório. Na realidade, este pode até mesmo ser o melhor capítulo de toda a saga. É, sem dúvida, o mais adulto, o mais negro, o mais emocional. Todas as perguntas são respondidas, todas as personagens têm o seu destino traçado (sendo esse destino, em muitos casos, a morte... um tema abordado de uma forma brilhante e profunda por Rowling neste último capítulo). É uma conclusão maravilhosa para uma saga maravilhosa sobre crescimento, amadurecimento, e todas aquelas facetas misteriosas da natureza humana.

E agora que já desabafei, este blog voltará a entrar novamente em modo cinéfilo.