terça-feira, dezembro 23, 2008

Feliz Natal!


Um muito Feliz Natal a todos, com altas prendas de calibre cinematográfico debaixo da árvore!

terça-feira, dezembro 16, 2008

Que cá chegue depressa


O filme que agora mais aguardo (ainda há o Milk, e mais uns claro, mas este...). Que Janeiro chegue raidamente. Zodiac foi espectacular, um belo filme de um realizador em óptima forma. Mas este... no mínimo ambicioso e único. Muito potencial aqui há. Mesmo muito.

domingo, dezembro 07, 2008

Brilhante

Brilhantemente escrita e interpretada (não fossem estes dois a dupla principal da série).

Excelentíssimos Senhores da Televisão...

Por favor não cancelem isto.

Obrigado.

segunda-feira, dezembro 01, 2008

Bom cinema de acção


Sim, não tem o impacto dramático de Casino Royale. Sim, é frequente que a saga de Jason Bourne nos venha à cabeça durante o filme. E sim, tem em demasiado aquilo que Casino Royale tinha em pouco: acção. A partir de certa altura, as perseguições em telhados, em aviões... em barcos... em carros... começam a cansar. Mas entusiasmam, e estão realmente bem feitas.

Pode ter as suas falhas, e pode não ser de facto tão bom quanto Casino Royale, mas Quantum of Solace é, além de um bom filme 007, um bom filme de acção. Entusiasma, tem bons momentos de emoção em que se nota a mão de alguém que só antes tinha feito dramas (bom trabalho de Marc Fortser), tem Daniel Craig como um Bond ainda mais brutal, agora em busca de vingança, e um vilão que cumpre mas não está particularmente inspirado.

Não é dos melhores do ano, claro, mas é um bom filme de acção, bom entretenimento que até tem algum coração. Está bem, não é tão bom quanto Casino Royale. Mas como se poderia esperar que fosse? O efeito surpresa desapareceu. A história de Vesper acabou. Quantum of Solace faz o que tem a fazer: ata as pontas que ficaram por atar, fá-lo com respeito pelas suas personagens, entusiasma... e promete ainda mais e melhor por parte de uma história que ainda não acabou. Que venha o próximo.

domingo, novembro 23, 2008

Isto vai ser bom, pois vai...



É claro que por mim o Aronofsky podia fazer um filme sobre a carreira musical de José Castelo branco que eu ia na mesma ver ao cinema. Mas este tem Mickey Rourke. E Aronofsky. E uma música especialmente escrita para o filme por Bruce Springsteen.

Tal como já ali disse: isto vai ser bom, pois vai...

quarta-feira, novembro 12, 2008

Haverá alguém que já não enjoou disto...?



Estava ali a consultar a lista de estreias deste ano, e verifiquei algo assustador: este ano tivemos nas nossas salas de cinema nada mais nada menos que não um, mas sim dois filmes da saga "Saw". Já antes aqui tinha escrito sobre a forma como simplesmente me tinha farto destes filmes... Mas dois capítulos de uma saga num ano... é demais. Acho até um pouco bizarro. Obviamente ambos os filme sairam cá com meses de atraso, mas ainda assim...

Mas enfim, desde que continue a fazer dinheiro mais capítulos serão feitos. E mais enjoado eu ficarei. Mas desde que outros não fiquem...

domingo, novembro 09, 2008

Tenho a impressão que não é desta que apanhamos uma desilusão...

Trailer de Up, novo filme da Pixar, que sai a 29 de Maio do próximo ano nos Estados Unidos.



Parece uma veia diferente do que seria de esperar da Pixar... lembra, e muito, algo que o Myiazaki faria. E isso é bom. Uma história talvez mais adulta, com uma personagem principal invulgar no universo da Pixar. Cá espero ansiosamente.

Mas depois do Wall-E, eles não podem fazer melhor... pois não?

terça-feira, novembro 04, 2008

Começo agora a colaborar com...


Passo agora a fazer orgulhosamente parte da equipa do Hotvnews. Vêmo-nos lá. E também aqui, claro!

domingo, novembro 02, 2008

Momento perfeito

Wise Up, de Aimee Mann.



Momento mais perfeito de um filme perfeito. Interpretações perfeitas, banda-sonora perfeita, ritmo perfeito, realização perfeita. Enorme Obra-Prima do Cinema. Tão simples quanto isso. E três vivas para PT Anderson, que já fez dois dos melhores filmes que vi até hoje.

domingo, outubro 26, 2008

10 vilões memoráveis

Resposta ao desafio que me foi lançado pelo Sam, fazendo a minha lista de 10 vilões memoráveis, tendo em conta duas regras: a lista deve conter cinco homens e cinco mulheres, e os vilões não podem ser nem de filmes de animação nem de filmes de ficção-científica (ahh Darth Vader e Imperador, lamento mas terão de ficar de fora...).

Sem qualquer ordem de preferência:



Hannibal Lecter, de "Silence of the Lambs"






Enorme interpretação de Hopkins, criando um vilão arrepiante e verdadeiramente aterrorizador, pela sua presença e inteligência. Um dos grandes vilões, sem dúvida.



John Doe, de "Se7en"




Subtil, ausente mas ao mesmo tempo sempre presente... grande interpretação de Kevin Spacey, num vilão calmo, controlado... que vai até onde é necessário para atingir os fins. Arrepidante, com aquele final.





Joker, de "The Dark Knight"



Demente, imparável, irracional... mas ao mesmo tempo o grande maestro de todo o filme. Interpretação memorável de Ledger (que nos abandonou cedo demais), perfeita em todos os aspectos, criando um vilão no mínimo icónico.





Frank Booth, de "Blue Velvet"





Clássico e com algumas das cenas mais arrepiantes que jamais vi (aquela máscara...), um vilão com indice de malvadez e de perversão que rebenta a escala.





Tony Montana, de "Scarface"



Não resisti. Não é propriamente o vilão... mas também não é propriamente o herói. No final, Tony Montana acaba talvez por ser apenas o vilão na sua própria história, naquele final inevitável mas tão poderoso (o plano final é dos melhores que jamais vi)... Interpretação MONUMENTAL de Al Pacino. Verdadeiramente monumental.





Annie Wilkes, de "Misery"



Obcecada, arrepiante (sim, este é de todos os posts feitos até hoje o que mais vezes integra a palavra "arrepiante"... e ainda não acabei de escrever...), mas com tiques de mulher simples e adorável. Interpretação espectacular de Kathy Bates, num papel de fã obcecada nada abaixo de icónico. Muitos escritores (e não só) devem ter pesadelos com este filme.





Elle, em "Kill Bill"



Estilo. Puro estilo. A voz, a aparência... o estilo desta vilã, a forma como assobia a Twisted Nerve no hospital, a forma como lê do seu bloco de notas enquanto o irmão de Bill morre ao seu lado... e aquela pala no olho. Das vilãs com mais estilo do cinema, numa Daryl Hannah num papel que lhe assenta que nem uma luva.





Richie Cusack, de "A History of Violence"



Começo a ficar sem vilãs... mas paciência. Realmente há mais vilões que vilãs (eu queria pôr aqui a madrasta da Branca de Neve, mas a regra não deixa). Ora bem, a meu ver é assim: William Hurt é dos maiores actores de sempre. É tão simples quanto isso. Tenho por ele uma preferência, a sua presença fascina-me, e o home tem o dom de em apenas cinco segundos me pôr à beira das lágrimas (algo que fez verdadeiramente perto do final de "Into the Wild"). E este seu vilão é absolutamente espectacular. Aparece apenas nos últimos minutos do filme, mas é uma presença de uma intensidade, de um poder enorme. Transpira maldade, frieza... Uma grande interpretação, um vilão espectacular.



Catwoman, de "Batman Returns"



Também das vilãs com mais estilo do cinema. Fascinante (sim, creio que é a palavra mais adequada...), mas ao mesmo tempo ameaçadora. Faz o que faz por si e por mais ninguém, causando muitos problemas ao homem morcego. Clássica interpretação de Michelle Pfeiffre que transpira... erm... pois, transpira muita coisa. Naquele fato de cabedal também era previsível.


Bruce, em "Jaws"



Sim, o tubarão tinha um nome. Escolha estranha, sim, mas é de facto dos vilões mais assustadores da Sétima Arte. Spielberg consegue dar ao animal uma personalidade, uma presença. E há momentos que são verdadeiramente aterrorizadores... quer seja o terror de saber que o vilão está lá, mas não é visível, quer o terror de o vilão estar lá em todo o seu esplendor.




Passo o desafio a:


Alternative Prison
Grandes Planos
CINEdrio
Royale With Cheese
In a Lonely Place

quinta-feira, outubro 23, 2008

Falta Pouco





"Quantum of Solace" (que estreia dia 6 de Novembro), a sequela directa de "Casino Royale" (filme que adorei), muito promete. Como fã de Bond, e tendo adorado o reboot que fizeram com o último da saga, anseio muito ver para onde levarão a personagem a seguir. Porque agora deixou de ser sobre armas, explosões, e bond girls. Agora passou a ser sobre Bond. Bond, a personagem. Esperemos que não desperdicem a carga dramática ganha com"Casino Royale"... muito promete.

Não sou dos maiores admiradores de Fernando Meirelles ("O Fiel Jardineiro" não me convenceu), mas como enorme admirador de "Ensaio Sobre a Cegueira" (obra-prima literária, a meu ver. Não existe mesmo outra descrição possível), a respectiva adaptação literária põe-me obviamente ansioso para ver, acima de tudo, o que vai sair daqui. Meirelles é um realizador que sabe, de facto, criar boas personagens, e tem um estilo visual interessante. Tem boa sensibilidade, e creio que apesar de o seu último filme não ter resultado, daqui poderá fazer, no mínimo, sair um bom filme. Creio que o seu estilo como realizador se adequa ao de Saramago como escritor, e creio que, acima de tudo, poderá dar uma boa e interessante visão do material base. A isso junte-se um Saramago que chorou ao ver o filme, um grande elenco, e tem-se expectativas moderadamente. Estreia dia 13 de Novembro.

Sou um admirador de Oliver Stone. Não de Bush, mas de Stone. E creio, acima de tudo, que "W." (que estreia esta quinta-feira) será não um filme-mensagem de carácter político, mas sim um interessante, importante, e fascinante estudo de uma das mais... curiosas personagens da história contemporânea política. Dado o talento de Stone como cineasta (sim, eu gostei de "Alexander"... a sério, gostei... não, a sério, não estou a gozar, gostei mesmo...), daqui sairá um filme, no mínimo, fascinante.

Muito nos aguarda ainda ao longo deste ano cinematográfico. E muita boa coisa já passou pelas salas de cinema...

sexta-feira, outubro 17, 2008

Desnecessário, mas vai mesmo acontecer



Será o co-autor do argumento de The Bourne Ultimatum que fará a sequela, e parece que tanto Matt Damon como Paul Greengrass estarão de regresso. Sequela desnecessária para uma trilogia que estava óptima como... uma trilogia. A trilogia Bourne era toda ela óptima, com todos os capítulos (particularmente os últimos dois) de excelente qualidade. The Bourne Ultimatum é, a meu ver, um grande clássico do cinema de acção actual. A história acabou, a personagem teve o que queria, o espectador teve o que queria... uma sequela era desnecessária.

Mas lá teremos de ter um quarto e desnecessário capítulo. E quem sabe, talvez até mais...

sábado, outubro 11, 2008

Para quem ainda não sabe...


DVD de Pulp Fiction a menos de dois euros na Worten. Sem qualquer tipo de extras, mas um grande filme é sempre um grande filme, e para quem ainda não tem esta obra-prima em DVD... as desculpas acabaram.

O meu já cá canta.

quarta-feira, outubro 08, 2008

Teaser trailer de Dragonball, o filme em imagem real



/inserir aqui riso histérico seguido de choro compulsivo.

Já está. Hollywood destruiu a minha infância.

E alguém pode fazer o favor de pegar no Chow Yun-Fat e levar o homem de volta para a China...?

domingo, outubro 05, 2008

Entretenimento desequilibrado



"Burn After Reading" é humor Coen. Personagens simples com atutudes idiotas, uma história que não mostra piedade perante os que nela entram... humor negro. Ainda assim, não é nenhum "Fargo", mas também não é nenhum "Crueldade Intolerável". Está algures ali no meio, mas com o estilo característico... talvez um pouco mais relaxado e suprimido, mas está ali.

O que falta no entanto a "Burn After Reading" é uma melhor estrutura narrativa. A enorme quantidade de personagens sufoca a história e o filme em si. Nenhum actor brilha verdadeiramente (nem Brad Pitt num papel realmente espectacular e cómico, mas pouco desenvolvido e com pouco tempo de antena... tal como todos os outros), e a história é em si uma enorme colagem. Num filme de apenas 93 minutos, o ritmo e a história em si acaba por se perder com tantas pequenas personagens (que nunca passam da superficialidade ou da caricatura). A falta de estrutura e o mau desenvolvimento da história acaba por minar e limitar o filme que, apesar de realmente entreter, nada faz além disso.

Ainda assim, é uma boa comédia, que entretém. Os actores fazem o que podem com o pouco que lhes dão (mas não se safam mal, diga-se de passagem.. ainda que meta pena, ver tão pouco desenvolvimento e tempo de antena para tamanho elenco), há cenas realmente verdadeiramente cómicas e deliciosas no seu humor negro (não são muitas, mas quando aparecem realmente não são más)... Um Coen mais relaxado, com um estilo negro (ainda que algo suprimido) como apenas eles conseguem fazer, e uma interessante paródia ao mundo da CIA e companhia e da visão que o homem comum tem de tal mundo.

Não está mau. Mas esperava-se mais.

quinta-feira, outubro 02, 2008

Desafio: as 10+

Desafio que me foi lançado pelo looT, e que obviamente aceito. Objectivo: escolher as que são, a meu ver, as melhores dez actrizes da actualidade. Tendo em conta todos os seus atributos e talentos faço assim aqui o meu top:



10 - Scarlett Johanson









9 - Penelope Cruz









8 - Ellen Page







7 -Monica Bellucci







6 - Angelina Jolie








5 - Julianne Moore










4 - Rachel Weisz










3 - Jennifer Connelly










2 - Susan Sarandon












1 - Meryl Streep




Passo o desafio a:

segunda-feira, setembro 29, 2008

Paul Newman (1925-2008)


Os olhos azuis fecharam-se.

Muito triste.

Mas lá diz a música dos Coldplay... "Those who are dead are not dead, they're just living in my head". Viverá pela sua arte na memória e no coração de todos os cinéfilos... e não só.

Foi um dos grandes.

sexta-feira, setembro 26, 2008

O que se aprende com Mamma Mia

Existem, basicamente, duas coisas que se aprendem com este musical:




1) A minha teoria "A Meryl Streep é um espectáculo em qualquer coisa que faça" é, de facto, verdadeira e comprova-se. É das raras actrizes que simplesmente iluminam o ecrã. Neste caso ilumina e dá-lhe um som bem agradável.




2) O Pierce Brosnan não sabe cantar. Ponto.
Isto pra dizer que "Mamma Mia!" é um musical extremamente agradável, com um elenco todo ele bastante bom (mas repito, o Pierce Brosnan não sabe cantar. Ponto), com dotes vocais mais que suficientes. É um filme que não se leva a sério, exagerado, até por vezes histérico... mas se deixarmos os preconceitos à entrada da sala de cinema, é um serão bem passado na companhia de Streep e companhia, e das imortais músicas dos Abba. Muito light, muito divertido. Apenas temos de nos deixar levar um pouco.
Feel Good movie do ano, basicamente.

domingo, setembro 14, 2008

Pausa

Farei nos próximos tempos uma pausa no Cinefolia. Até, espero, breve.

quinta-feira, setembro 11, 2008

Olha! O blogue fez dois anos!


Antes de tudo... sim, o banner foi feito com o paint. Sim, o paint não presta. Sim, o banner não está nada de especial, e nem sequer está actualizado (faltam ali filmes...). Sim, de facto deveria tratar de melhorar aquilo... desta vez, com um programa que não sirva apenas para fazer desenhos. Talvez trate disso em breve.

E agora, o post propriamente dito.

Então e não é que estava eu ontem à noite sossegado a ouvir música quando subitamente me lembrei... "Alto lá! Hoje o blogue faz dois anos!". E de facto assim era, ontem o Cinefolia fez dois anos. Mas já era muito tarde e por isso decidi que era melhor fazer o post hoje.

E cá está. O Cinefolia, o meu pequeno orgulho, já tem dois anos. Não sei se o blogue mudou muito ao longo do tempo. Visualmente continua praticamente o mesmo, tenho orgulho em ter um ou dois leitores/amigos que sempre o leram desde o seu início... e com sorte talvez a escrita esteja um pouco melhor. Pelo menos o prazer que tenho agora em escrever neste meu canto é maior do que o que tinha há dois anos atrás. Cresci... com sorte o Cinefolia cresceu comigo. Ainda que no fundo eu continue a ser o mesmo supostamente idealista que quer ser realizador de cinema.
E que assim continue.

Escrevo aqui não por compromisso, mas pelo simples prazer de escrever, de partilhar opiniões. É por essa simples razão que o blogue se aguentou estes dois anos: escrevo e sempre escreverei porque gosto de o fazer, por nenhuma outra razão. De facto, agora faço-o até em dois outros sítios (o Shadowplay, blogue de música criado por mim onde colaboro com alguns amigos, e o Fila-Jota, do Renato Carreira)... mas o Cinefolia é e será sempre a minha casa predilecta na blogoesfera. O meu maior pequeno orgulho. O que mais tem de mim.

Tento não ser muito formal no que aqui escrevo (o blogue chama-se Cinefolia afinal de contas...), ter uma mente aberta, e muito aprendi com este blogue. Com vocês que agora lêm isto, acima de tudo.

Que a partilha continue. Com sorte, o prazer que tenho em escrever aqui continuará a crescer.

Se assim for, daqui a um ano cá estará mais um post como este. Enquanto a paixão existir...

segunda-feira, setembro 08, 2008

Surpresa: Leão de Ouro para Aronofsky




"The Wrestler", o novo filme de Darren Aronofsky, foi o grande vencedor do festival de Veneza, tendo recebido o Leão de Ouro para melhor filme. No mínimo inesperado, a meu ver... com Myiazaki como concorrência, e tendo o último filme de Aronofsky sido mal recebido no festival ("The Fountain", por estes lados também conhecido por "Raios-Enorme-Obra-Prima-Daquelas-Que-Raramente-Se-Vêm"), pessoalmente não esperava nada. A interpretação de Mickey Rourke foi muito elogiada pela crítica, e é de facto uma pena que exista uma (idiota) regra no festival que não permita ao filme vencedor do Leão de Ouro acumular mais prémios.
Num ano em que se fala num nivel de qualidade da competição abaixo do esperado, acabou por ser um americano a levar o tão prestigiado prémio... algo que não acontecia desde o grande "Shortcuts", de Robert Altman (que conquistou o prémio em 1991). Aronofsky conseguiu, pois, um verdadeiro feito.
Que o filme cá chegue depressa. Estou ansioso por ver o que este visionário fez agora.

sexta-feira, setembro 05, 2008

Banalidade em 3D




"Viagem ao Centro da Terra em 3D" é não uma adaptação do clássico de Verne, mas uma história que roda à volta dessa mesma história. É, como o nome indica, um filme... a 3D.

Este foi o meu primeiro filme em 3D. O efeito é de facto bastante bom, sim. Mas em nada serve para compensar a falta de qualidade de uma obra assim. Brendan Fraser está em modo automático, o argumento é previsível e ridículo, os efeitos visuais são nada elaborados... este foi, pois, um filme feito obviamente com o objectivo de ser uma desculpa para o uso da tecnologia 3D, na tentativa de atrair público.

E o 3D é engraçado, sim... mas o seu uso aqui não é particularmente inovador, interessante, ou original. Há cenas que resultam muito bem (as piranhas) e cenas que resultam simplesmente mal (perseguição do T-Rex, sequência na mina). É curioso e... giro. Nada mais que isso.

O 3D não consegue aqui de facto elevar este filme péssimo a filme aceitável. Eleva-o apenas de filme péssimo... a filme mau.

Se nunca viram um filme em 3D, esperem por favor por outro filme que vos dê tal possibilidade. A tecnologia aqui nem é usada de forma particularmente original ou interessante. Não vale a pena.


Se tivessem feito isto com o "Speed Racer" é que tinha sido algo de outro mundo...

quarta-feira, agosto 27, 2008

Começou



Começou a 65ª edição do Festivel de Veneza. De entre todos os filmes em competição, dois deles em particular sigo com muita atenção: "The Wrestler", de Darren Aronofsky; e "Ponyo on the Cliff", de Hayao Miyazaki. Dois filmes que muito anseio. Estou extremamente curioso para ver que recepção recebem neste festival.

sábado, agosto 23, 2008

Eu já me fartei...



Mas é que já me fartei mesmo... Este novo "capítulo" é apenas símbolo daquilo que já todos nós sabemos: o pobre do George Lucas nada mais sabe fazer que espremer dinheiro das sagas que o fizeram famoso. Muito bem, realizou esta trilogia de prequelas... o episódio I foi mau, o episódio II até apreciável, e o episódio III foi de facto excelente. Nada há mais a contar. Nada há mais a acrescentar à história. Foram seis filmes. SEIS. Ao longo de... sei lá, trinta anos. TRINTA. Creio que está na altura de pôr um ponto final.

Mas não... mais um "capítulo" à saga da minha infância que via e revia em VHS com seis anos. Mais uma tentativa desesperada do criador para espremer dinheiro do que resta da sua criação. Isto... uma série de televisão...

Mas este post é desnecessário. Devo estar errado. The Clone Wars está em terceiro lugar no box office americano. Dará provavelmente bastante lucro (ainda que não saiba o orçamento do filme... deve ser pouco imagino... pelo menos do que se vê do filme é o que parece...), e os fãs parece que vão ver ao cinema este novo"capítulo".

Mas eu sou um fã. E não vou ver este filme ao cinema.

Porque, muito sinceramente, já não me ralo com o que é que raio aconteceu há muito tempo atrás nessa galáxia distante.

É que já nem é o John Williams a fazer a banda-sonora pelo amor de Deus!!

quinta-feira, agosto 21, 2008

Heróis






Ouro para Nélson Évora, Prata para Vanessa Fernandes, e 4º lugar para Gustavo Lima (que desistiu... farto, e com razão imagino).

Foram os melhores, mas outros obteram belas classificações... e outros foram ali parece que mesmo só para passear...

Certamente farei um post com o mesmo título nos Jogos Paraolímpicos. Certamente com mais fotos.

terça-feira, agosto 19, 2008

Cinema puro



Wall-E é não só um dos melhores filmes do ano, como também o melhor filme da Pixar, e o melhor filme de animação digital que o mundo já viu... e, possivelmente, um dos melhores filmes de animação que jamais foram feitos. E ponto final.

A Pixar tem aqui o seu filme mais ambicioso e mais único. De facto, Wall-E é um filme nada comum... o diálogo é pouco, e a história é contada acima de tudo pelas (maravilhosas) imagens que passam no ecrã. Isto é, pois, Cinema em estado puro e cru. Uma fábula intemporal (nesse sentido, herdeira do espírito Disney), que comove e toca o espectador com a sua inocência e, acima de tudo, a sua magia.

Em Wall-E a Pixar tem simplesmente a melhor personagem que jamais criou. O robô é... bem, é adorável. É a representação de um espírito inocente e humano em corpo de robô que apenas quer amar e ser amado. Cada movimento, cada som de Wall-E é perfeito a criação da personagem, e é impossível ao espectador não sentir um forte ligação com esta personagem que, ao longo de todo o filme, apenas diz praticamente o seu nome e o da sua amada (EVE) em pequenos sons robóticos.

Visualmente é, como seria de esperar, espectacular. O melhor que a Pixar fez até agora. É uma verdadeira pérola visual, nas suas personagens (espectacularmente bem criados, os robôs) e no seu mundo (uma Terra deserta e coberta em lixo).

E existe a moral, a mensagem do filme. Porque, no final de contas, o mundo que vemos em Wall-E pode estar mais perto do que desejaríamos. A importância do filme é inegável, não só em termos artísticos, mas também em termos de relevância política e social. E é talvez nessa dimensão que o filme mais surpreende.


Wall-E é mágico. É um filme repleto de uma inocência, uma magia como apenas a Pixar sabe fazer. Como muito raramente se vê no Cinema. É intemporal, uma verdadeira fábula para miúdos e graúdos.

É, simplesmente, Cinema na sua mais bela das formas.

segunda-feira, agosto 18, 2008

A minha segunda casa

Shadowplay.

Um local onde colaborarei na escrita sobre a minha outra arte predilecta: música.

Espero ver-vos lá.

sexta-feira, agosto 01, 2008

Férias!

Vou agora para o mais paradisíaco destino que alguém jamais poderia desejar... sim, vou para o Algarve. Estarei incontactável, afastado da civilização (leia-se, sem net). Volto daqui a duas semanas.

Por isso, até breve, e bons filmes!

quinta-feira, julho 31, 2008

Grandes Videoclips II

Fell in love with a girl, dos White Stripes. Videoclip realizado por Michel Gondry.





Videoclip absolutamente clássico, muito ao estilo de Gondry, que adora recorrer ao estilo frame-by-frame... desta vez com lego. Foi, creio, dos videoclips que mais introduziu os White Stripes ao mundo, ainda que tenha sido de um single do seu já terceiro álbum. Não sou grande fã da banda, apenas admirador do estilo visual de Gondry, que aqui assinou um dos seus melhores trabalhos como realizador de videoclips (e, diga-se de passagem, o homem como cineasta também não se safa nada mal...).

quinta-feira, julho 24, 2008

Confirma-se. Obra-Prima.



Não gostei de "Batman Begins". O início prometia muito mas depois o filme banalizava-se completamente após a primeia meia-hora. Banal em todos os aspectos, e não me convenceu nada. E no geral, Nolan nunca me convenceu muito como cineasta (não, não gostei muito do "Memento"). Fui por isso ver "The Dark Knight" sem esperar nada de especial... apenas um bom filme, com uma ou outra boa interpretação. As minhas expectativas estavam longe das que rodearam o filme antes da sua estreia, impermeáveis à excelente recepção que teve da crítica e do público (feito raro, hoje em dia...). E foi com baixas expectativas que entrei na praticamente cheia sala de cinema.

Mas "The Dark Knight" é bom. É mesmo muito bom.

E o que é "The Dark Knight"? Bem... é, acima de tudo, um enorme policial. De facto, este é um filme que redifine tanto o conceito de blockbuster como o de filme de super-herói. As cenas de acção são realistas e controladas (mas excelentes... há ali perseguições e lutas corpo-a-corpo fabulosas), e os efeitos-visuais são (pelo menos que eu tenha reparado) raros. O que interessa então em "The Dark Knight"? As cenas de acção? O sentido de humor? Não. O que interessa é as personagens e a história em si.

De facto, este é, como já disse, um grande policial. Todas as personagens estão brilhantemente construídas, todas elas com a sua própria profundidade, com o seu próprio papel a desempenhar na história. E o filme respeita isso, nunca as menosprezando ou ignorando. São personatgens com as quais nos preocupamos, com uma densidade dramática que é, pura e simplesment, inigualável em qualquer outro filme do género.

O elenco faz todo ele um trabalho notável, e é uma delícia ver a forma como as personagens (logo, também os actores) interagem umas com as outras. Gary Oldman está... igual a si mesmo, Bale parece mais seguro de si no papel de Batman, Aaron Eckhart impressiona como Harvey Dent (e, de facto, a história da sua personagem é a mais moralmente poderosa e impressionante de todo o filme), e Heath Ledger está... grandioso e perturbante como Joker. A personagem de Ledger não tem tanto tempo de antena como seria de esperar (exactamente o tempo necessário ao filme e à sua história), mas a sua interpretação é absolutamente espectacular. Bem merece o reconhecimento que tem vindo a ter.

Este é um filme complexo, que desmistifica e humaniza o conceito de herói. É esta complexidade moral que faz o filme tão importante, tão redifinidor do género a que pertence. As personagens têm uma carga dramática inesperada, e as suas escolhas movem uma história de uma profundidade absolutamente notável.

Este é simplesmente um grande policial, em que o mais importante é a história e as personagens, em que o bem e o mal existem numa dimensão ambígua e em que o herói é símbolo de sacríficio e perda necessária, em que os bons (conceito ambíguo...) fazem o que podem no meio de tramas políticas e mafiosas, em que tudo ocorre num universo realista e denso... na cidade realista e enome que é Gotham... tal realismo e densidade é algo único, antes nunca visto nesta dimensão em qualquer outra adaptação de um comic. "The Dark Knight" redifine, melhora, e abre novos horizontes.


Christopher Nolan já me convenceu.


Será dos melhores filmes do ano.

sábado, julho 19, 2008

Os Músicos de Manchester



"Joy Division", de Grant Gee, é um notável documentário sobre aquela que foi uma das mais influentes (e, na minha opinião, melhores) bandas dos anos 80. Entrevistando os membros que restam da banda (que formaram depois os também muito conhecidos "New Order"), revisitar a cidade que viu a banda nascer (Mancheste dos anos 70), mostrar o percurso da banda, Gee cria um documentário com um verdadeiro pode emocional e narrativo. De facto, toda a influência e toda a qualidade dos Joy Division é aqui revelada, num documentário que mostra não só a banda em si, mas também a sua relevência social... de facto, "Joy Division" é não só sobre a banda que dá o título ao filme, mas também sobre a própria indústria musical da altura, e na forma como a banda se contextualizava dentro da mesma.

Não idolatra, apenas humaniza (tal como "Control"... de facto, este documentário e o filme de Corbijn complementam-se), informa... tudo isso de forma perfeita, visualmente (é um estilo único dentro do género) e sonoramente (ouvir aquelas músicas no cinema...) impressionante. É um documentário talvez tão importante como a banda em si. Imperdível não só para os fãs da banda, mas também para os fãs de música em geral. Ou seja, é para todos. E mostra, de facto, que o legado dos Joy Division se mantém (digam lá se aquele momento com a intersecção entre os New Order e os Joy Division não comove...).


É o melhor documentário que jamais poderiam ser feito sobre os Joy Division, e um exemplo a seguir para os filmes do género.

sexta-feira, julho 18, 2008

Se tiver nem que seja um terço da qualidade do comic...



Trailer da adaptação cinematográfica de "Watchmen", frequentemente considerada a melhor BD de todos os tempos... não sei se o é de facto, mas é de longe das mais grandiosas obras literárias (raios, das mais grandiosas obras artísticas!) que os meus olhos (e restantes sentidos) já viram. Arrebatador em todos os sentidos, é algo que deve ser lido por absolutamente todos. E um murro na face daqueles que acreditam que a BD não é arte...

Não gostei de "300", mas esta adaptação de "Watchmen" parece ser, no mínimo, francamente interessante. Não peço uma adaptaçao digna... apenas peço um bom filme.

E isso, pelo trailer, parece que talvez venhamos mesmo a ter...

quinta-feira, julho 10, 2008

Estive aqui, e foi incrível...

O dia 6 de Junho foi memorável por todos os concertos... mas nenhuma banda igualou os grandes senhores do rock que são os Muse, que me proporcionaram das mais espectaculares experiências que jamais tive até hoje. Indescritível.
Mas como eu adoraria, oh como eu adoraria, ter estado aqui...


Mas será que esta gente não podia fazer os bilhetes mais baratos...? Enfim, ainda os terei de ir ver a Guimarães...

segunda-feira, julho 07, 2008

O Coração da Imagem



Nunca houve nada como Speed Racer. É provável que jamais voltará a haver algo como Speed Racer. Os irmãos Wachowski fizeram aqui algo de verdadeiramente incrível, um filme único, uma verdadeira delícia visual, que prende o espectador do início ao fim com as suas constantes imagens em movimento, de uma energia e espectacularidade verdadeiramente notável. Mas aquilo que é talvez o mais notável em Speed Racer, aquilo que o torna o grande filme que é (será provavelmente dos melhores que verei este ano), é o facto de visualmente ser incrível, sim... mas a história tem um coração enorme. A corrida final tanto delicia os olhos como coloca o espectador a torcer pelo herói, comovendo-o com a sua história e as suas personagens. O visual é incrível, sim... mas também o é o coração desta maravilhosa história sobre a importância da família, o poder da arte acima da indústria, e a descoberta de objectivo pela qual passam todos os jovens. As suas personagens não sao simples "objectos", simples dispositivos feitos para dar uma história a um filme ao qual só interesa o visual. Aqui as personagens são, de facto, personagens... com profundidade, humanidade... e o visual do filme alia-se ao coração da história. Completam-se.

Speed Racer é, pois, tecnicamente magnífico (desde o bom trabalho de Hirsch até à bela banda-sonora de Giacchino), único (confirmação da mente visionária dos Wachowski... já mencionei que sou dos poucos que adorou toda a trilogia Matrix?), tem um grande e belo coração e é, quanto a mim, dos filmes que mais recordarei com afecto quando este ano cinematográfico tiver passado. Não sei se será o melhor blockbuster do ano (veremos no final do Verão... e ainda vamos ter o Wall-E...), mas será sem dúvida, no mínimo dos mínimos, o mais único e o mais ambicioso.