quinta-feira, julho 31, 2008

Grandes Videoclips II

Fell in love with a girl, dos White Stripes. Videoclip realizado por Michel Gondry.





Videoclip absolutamente clássico, muito ao estilo de Gondry, que adora recorrer ao estilo frame-by-frame... desta vez com lego. Foi, creio, dos videoclips que mais introduziu os White Stripes ao mundo, ainda que tenha sido de um single do seu já terceiro álbum. Não sou grande fã da banda, apenas admirador do estilo visual de Gondry, que aqui assinou um dos seus melhores trabalhos como realizador de videoclips (e, diga-se de passagem, o homem como cineasta também não se safa nada mal...).

quinta-feira, julho 24, 2008

Confirma-se. Obra-Prima.



Não gostei de "Batman Begins". O início prometia muito mas depois o filme banalizava-se completamente após a primeia meia-hora. Banal em todos os aspectos, e não me convenceu nada. E no geral, Nolan nunca me convenceu muito como cineasta (não, não gostei muito do "Memento"). Fui por isso ver "The Dark Knight" sem esperar nada de especial... apenas um bom filme, com uma ou outra boa interpretação. As minhas expectativas estavam longe das que rodearam o filme antes da sua estreia, impermeáveis à excelente recepção que teve da crítica e do público (feito raro, hoje em dia...). E foi com baixas expectativas que entrei na praticamente cheia sala de cinema.

Mas "The Dark Knight" é bom. É mesmo muito bom.

E o que é "The Dark Knight"? Bem... é, acima de tudo, um enorme policial. De facto, este é um filme que redifine tanto o conceito de blockbuster como o de filme de super-herói. As cenas de acção são realistas e controladas (mas excelentes... há ali perseguições e lutas corpo-a-corpo fabulosas), e os efeitos-visuais são (pelo menos que eu tenha reparado) raros. O que interessa então em "The Dark Knight"? As cenas de acção? O sentido de humor? Não. O que interessa é as personagens e a história em si.

De facto, este é, como já disse, um grande policial. Todas as personagens estão brilhantemente construídas, todas elas com a sua própria profundidade, com o seu próprio papel a desempenhar na história. E o filme respeita isso, nunca as menosprezando ou ignorando. São personatgens com as quais nos preocupamos, com uma densidade dramática que é, pura e simplesment, inigualável em qualquer outro filme do género.

O elenco faz todo ele um trabalho notável, e é uma delícia ver a forma como as personagens (logo, também os actores) interagem umas com as outras. Gary Oldman está... igual a si mesmo, Bale parece mais seguro de si no papel de Batman, Aaron Eckhart impressiona como Harvey Dent (e, de facto, a história da sua personagem é a mais moralmente poderosa e impressionante de todo o filme), e Heath Ledger está... grandioso e perturbante como Joker. A personagem de Ledger não tem tanto tempo de antena como seria de esperar (exactamente o tempo necessário ao filme e à sua história), mas a sua interpretação é absolutamente espectacular. Bem merece o reconhecimento que tem vindo a ter.

Este é um filme complexo, que desmistifica e humaniza o conceito de herói. É esta complexidade moral que faz o filme tão importante, tão redifinidor do género a que pertence. As personagens têm uma carga dramática inesperada, e as suas escolhas movem uma história de uma profundidade absolutamente notável.

Este é simplesmente um grande policial, em que o mais importante é a história e as personagens, em que o bem e o mal existem numa dimensão ambígua e em que o herói é símbolo de sacríficio e perda necessária, em que os bons (conceito ambíguo...) fazem o que podem no meio de tramas políticas e mafiosas, em que tudo ocorre num universo realista e denso... na cidade realista e enome que é Gotham... tal realismo e densidade é algo único, antes nunca visto nesta dimensão em qualquer outra adaptação de um comic. "The Dark Knight" redifine, melhora, e abre novos horizontes.


Christopher Nolan já me convenceu.


Será dos melhores filmes do ano.

sábado, julho 19, 2008

Os Músicos de Manchester



"Joy Division", de Grant Gee, é um notável documentário sobre aquela que foi uma das mais influentes (e, na minha opinião, melhores) bandas dos anos 80. Entrevistando os membros que restam da banda (que formaram depois os também muito conhecidos "New Order"), revisitar a cidade que viu a banda nascer (Mancheste dos anos 70), mostrar o percurso da banda, Gee cria um documentário com um verdadeiro pode emocional e narrativo. De facto, toda a influência e toda a qualidade dos Joy Division é aqui revelada, num documentário que mostra não só a banda em si, mas também a sua relevência social... de facto, "Joy Division" é não só sobre a banda que dá o título ao filme, mas também sobre a própria indústria musical da altura, e na forma como a banda se contextualizava dentro da mesma.

Não idolatra, apenas humaniza (tal como "Control"... de facto, este documentário e o filme de Corbijn complementam-se), informa... tudo isso de forma perfeita, visualmente (é um estilo único dentro do género) e sonoramente (ouvir aquelas músicas no cinema...) impressionante. É um documentário talvez tão importante como a banda em si. Imperdível não só para os fãs da banda, mas também para os fãs de música em geral. Ou seja, é para todos. E mostra, de facto, que o legado dos Joy Division se mantém (digam lá se aquele momento com a intersecção entre os New Order e os Joy Division não comove...).


É o melhor documentário que jamais poderiam ser feito sobre os Joy Division, e um exemplo a seguir para os filmes do género.

sexta-feira, julho 18, 2008

Se tiver nem que seja um terço da qualidade do comic...



Trailer da adaptação cinematográfica de "Watchmen", frequentemente considerada a melhor BD de todos os tempos... não sei se o é de facto, mas é de longe das mais grandiosas obras literárias (raios, das mais grandiosas obras artísticas!) que os meus olhos (e restantes sentidos) já viram. Arrebatador em todos os sentidos, é algo que deve ser lido por absolutamente todos. E um murro na face daqueles que acreditam que a BD não é arte...

Não gostei de "300", mas esta adaptação de "Watchmen" parece ser, no mínimo, francamente interessante. Não peço uma adaptaçao digna... apenas peço um bom filme.

E isso, pelo trailer, parece que talvez venhamos mesmo a ter...

quinta-feira, julho 10, 2008

Estive aqui, e foi incrível...

O dia 6 de Junho foi memorável por todos os concertos... mas nenhuma banda igualou os grandes senhores do rock que são os Muse, que me proporcionaram das mais espectaculares experiências que jamais tive até hoje. Indescritível.
Mas como eu adoraria, oh como eu adoraria, ter estado aqui...


Mas será que esta gente não podia fazer os bilhetes mais baratos...? Enfim, ainda os terei de ir ver a Guimarães...

segunda-feira, julho 07, 2008

O Coração da Imagem



Nunca houve nada como Speed Racer. É provável que jamais voltará a haver algo como Speed Racer. Os irmãos Wachowski fizeram aqui algo de verdadeiramente incrível, um filme único, uma verdadeira delícia visual, que prende o espectador do início ao fim com as suas constantes imagens em movimento, de uma energia e espectacularidade verdadeiramente notável. Mas aquilo que é talvez o mais notável em Speed Racer, aquilo que o torna o grande filme que é (será provavelmente dos melhores que verei este ano), é o facto de visualmente ser incrível, sim... mas a história tem um coração enorme. A corrida final tanto delicia os olhos como coloca o espectador a torcer pelo herói, comovendo-o com a sua história e as suas personagens. O visual é incrível, sim... mas também o é o coração desta maravilhosa história sobre a importância da família, o poder da arte acima da indústria, e a descoberta de objectivo pela qual passam todos os jovens. As suas personagens não sao simples "objectos", simples dispositivos feitos para dar uma história a um filme ao qual só interesa o visual. Aqui as personagens são, de facto, personagens... com profundidade, humanidade... e o visual do filme alia-se ao coração da história. Completam-se.

Speed Racer é, pois, tecnicamente magnífico (desde o bom trabalho de Hirsch até à bela banda-sonora de Giacchino), único (confirmação da mente visionária dos Wachowski... já mencionei que sou dos poucos que adorou toda a trilogia Matrix?), tem um grande e belo coração e é, quanto a mim, dos filmes que mais recordarei com afecto quando este ano cinematográfico tiver passado. Não sei se será o melhor blockbuster do ano (veremos no final do Verão... e ainda vamos ter o Wall-E...), mas será sem dúvida, no mínimo dos mínimos, o mais único e o mais ambicioso.

domingo, julho 06, 2008

Nunca mais estreia...