quinta-feira, setembro 14, 2006

Site oficial de The Fountain

Foi lançado, já há algum tempo, o site oficial daquele que eu considero que virá provavelmente a ser o melhor filme de 2006, e uma magnífica obra-prima: The Fountain.
Se acham que estou a exagerar, vejam o trailer. Parece ser um filme visualmente incrível, e com uma das histórias mais originais e mais épicas que eu jamais vi.

Mas enfim... no site oficial do filme (http://thefountainmovie.warnerbros.com), há uma secção chamada "Experience".

Vão á secção 1500, cliquem em "The Underworld" e vejam a beleza desenrolar-se perante os vossos olhos.

Este filme será algo verdadeiramente único...

terça-feira, setembro 12, 2006

Citizen Kane, de Orson Welles

O mais espantoso em Citizen Kane, aquilo que torna este filme uma verdadeira obra-prima, é o facto de, mesmo após tantos anos, o podermos comparar aos filmes que andam por aí hoje em dia e ainda assim apelidá-lo de obra-prima. É um filme que, independentemente do impacto que teve na altura em que estreou (no longínquo ano de 1941), é ainda hoje um filme verdadeiramente magnífico. As actuações dos actores ainda são excelentes, o argumento ainda está maravilhosamente bem escrito, e tecnicamente o filme pode ser facilmente comparado com as obras cinematográficas feitas hoje em dia. Se não fosse o facto de o filme ser a preto-e-branco (e alguns elementos da história, obviamente), eu diria que o filme é deste ano.

É verdadeiramente incrível. Eu não julgo o filme pela qualidade que tinha em 1941, eu julgo o filme pela qualidade que tem hoje. E é um filme que é uma obra-prima mesmo no meio dos filmes feitos actualmente. Em tantos anos desde a sua estreia, Citizen Kane não perdeu um pingo de qualidade.

Raios, o que é que me interessa se o filme foi considerado uma obra-prima, quando estreou em 1941 (que por acaso até creio que não foi, mas enfim...)? O que é que me interessa se toda a gente diz "Ah sim, para a altura em que foi feito, é sem dúvida um filme magnífico"? Não é assim que eu julgo filmes feitos há dezenas de anos atrás. Eu julgo-os pela qualidade que têm hoje em dia, não pela que tinham quando estrearam. Eu julgo-os pela qualidade que têm face ao cinema dos dias de hoje, e não á do cinema de há vários anos atrás.

A história do magnata Charles Foster Kane continua actual. O filme, comparado com o cinema feito actualmente, continua a ser uma obra-prima. Esta obra de Orson Welles continua a ser um filme que espalha a sua grandeza pela alma do espectador (pelo menos é isso que fez comigo...).

O argumento está brilhantemente bem escrito. A história é contada com uma segurança narrativa, com uma sensibilidade que chega a comover o espectador. O espectador sente tristeza ao ver como ocorreu a queda de Kane, e a forma como no final ele não conseguiu aquilo que verdadeiramente desejava: amor incondicional.

Tanto dinheiro, fama e poder não lhe serviu de nada. Porque aquilo que ele queria era exactamente aquilo que não pode ser comprado.
A sua obsessão por mais e mais poder acabou por afastar todos aqueles que gostavam dele... o erguer e a queda de um magnata.

Citizen Kane é, basicamente, um dos melhores filmes feitos até hoje.


10/10

domingo, setembro 10, 2006

2001: Odisseia no Espaço, de Stanley Kubrick


Muito estilo e pouca substãncia

2001: Odisseia no Espaço é considerado uma obra-prima. Um marco incortonável na história do cinema. E é, de facto, um filme extremamente original e único.

Deveria aqui colocar uma pequena introdução à história e às personagens do filme. Vou dar o meu melhor na introdução á história. Mas nada posso fazer em relação ás personagens. Odisseia no Espaço é um filme que não tem personagens. Mas isso é para falar mais á frente na crítica...

Nos primórdios da humanidade, um grupo de macacos pré-históricos descobre um estranho objecto, de criação artificial, colocado no planeta Terra. Esse objecto acaba por afectar o seu desenvolvimento, levando-os a evoluir para aquilo que somos hoje.
Milhares de anos mais tarde (provavelmente no ano 2001, sendo esse o título do filme) um cientista é enviado, juntamente com uma equipa, á superfície da lua onde um estranho objecto (similar àquele encontrado milhares de anos antes) foi encontrado.

Não quero estragar a história a ninguém, por isso não vou avançar mais (temendo, na realidade, que talvez até já tenha avançado demasiado).

Odisseia no Espaço é um filme diferente de todos os outros filme jamais feitos até hoje, com um estilo único. As longas sequências lentas, acompanhadas por maravilhosos segmentos de música clássica, a forma realista como o filme encara a vida no espaço... a própria história é única, e contada de uma forma única.

Ou seja, é um filme com muito, muito estilo.

Mas pouca (ou nenhuma) substância.

Kubrick atira-nos com uma história estranha à cara, e diz-nos para sermos nós a interpretá-la. Mas não vale a pena interpretá-la. A história não tem nenhuma lição moral, a história não é nenhuma metáfora para a demonstração de sentimentos humanos. A única emoção transitida pelo filme é a de humanização de seres artificiais, revelada por Kubrick numa cena brilhante.

Uma cena que dura cerca de cinco minutos... e cinco minutos de emoção para um filme que dura mais de duas horas é muito pouco...

Ou seja, 2001: Odisseia no Espaço é mais uma proeza técnica do que outra coisa qualquer. Kubrick usa uma história sem objectividade para utilizar todo o tipo de brinquedos ao seu dispôr, para criar uma obra que não é mais nada a não ser algo que revela um estilo interessante por parte do seu realizador.

2001: Odisseia no Espaço não tem objectivo. É penas um conjunto de sequências bem elaboradas, com um estilo único. Mas com que propósito é que são mostradas? Será que têm algum objectivo? Alguma mensagem?

Não. Infelizmente não.

O faco de um filme ter, de facto, uma história diferente e original não lhe dá qualquer tipo de substância. 2001 é um filme sem sentimentos, sem mensagens.

Mas enfim... tecnicamente, está muito bem feito. Mas é preciso mais que isso, para fazer um filme verdadeiramente bom. Porque, tal como eu disse antes, este filme não tem personagens. Tem apenas longas cenas, sem qualquer objectivo.


5/10

Esta moda dos Blogs...

Criei este blog já há alguns meses atrás. Por falta de tempo (e de paciência), nunca fiz um único post.

Talvez agora comece a fazê-lo. Agora que tenho finalmente tempo (e paciência), creio que talvez vá aderir a esta moda dos blogs. Tenho passado algum tempo a visitar outros blogs, a conversar com outros autores, e decidi que também quero fazer parte desta agradável comunidade.

E do que é que eu vou falar, exactamente? Bem... o blog chama-se cinema (originalidade incrível, eu sei...), por isso...