segunda-feira, outubro 29, 2007

Fast-food cinematográfico?



Em quatro anos, quatro filmes. Devo admitir que apenas vi os primeiros dois (o primeiro foi minimamente interessante, o segundo uma perda de tempo), mas pergunto-me... será esta uma fórmula de "quantidade acima de qualidade" aplicada ao cinema? Será que necessitamos mesmo de tantas sequelas?

Enfim, seja a resposta afirmativa ou negativa, Saw V e Saw VI já estão confirmados. E Saw IV fez 30 milhões no primeiro fim-de-semana.

31 comentários:

C. disse...

Tal como tu, achei alguma piada ao 1º, o seguinte não me disse nada e já não quis ver o 3º.

Anónimo disse...

Ei Gonçalo,

Ai está o tipo de filme que não me deixa curiosidade nenhuma... que raio esta onda de sede por baldes de sangue está a tornar-se... puffff nem sei... não me apetece nada disso... já bem basta ver o telejornal para me deixar enjoada.

...

Quanto ao filme do Sir Antony esse sim dixou-me bem curiosa, já saiu, vai sair conta-me!

fica bem gonçalo

Luís A. disse...

como dizia o Gabriel Byrne numa entrevista: são os McMovies!

Gonçalo Trindade disse...

Blues: Estamos na mesma situação. O terceiro e o quarto não me interessam minimamente e esta abordagem à la fast-food ainda piora as coisas...

Yellowastronaut: Infelizmente, hoje em dia o cinema de terror é mais gore que outra coisa qualquer. Terror gratuito e previsível... sinto falta de filmes que conseguem de facto assustar o espectador a um nível psicológico.
O filme desse grande senhor que é Sir Anthony Hopkins saiu recentemente nos Estados Unidos (onde a crítica se dividiu um pouco... algo normal, num filme aparentemente tão único)... por cá, tenho as minhas dúvida de que venha sequer a ser lançado... mas sou sempre um pouco pessimista nestes assuntos. Espero estar errado...

Luis: O Byrne disse isso? Mais uma razão para admirar esse tão subvalorizado actor :). Definição perfeita destes filmes.

Um abraço a todos!

JHB disse...

Ainda não vi nenhum dos filmes por rejeitar sequer a hipótese de que sejam alguma coisa de jeito... Sobram os posters que até têm sido bastante aceitáveis.

Gonçalo Trindade disse...

Plenamente de acordo. Os posters são esteticamente muito agradáveis.

Carlos M. Reis disse...

Os filmes de terror são sempre o mesmo: enquanto fizerem dinheiro, vão saindo sequelas. Dos dez (?) Friday 13th, aos milhentos Halloween's, sempre foi assim. É dificil agradar ao público do género, e quando se consegue, explora-se a fórmula ao máximo até deixar de render. E a verdade é que este Saw IV já bateu recordes de bilheteira na primeira semana, quando comparado com os três prévios capítulos. A culpa é do público, nada mais. Se ninguém gostasse e não fosse ao cinema, não havia mais Saw's.

Quanto às obras: achei o primeiro tremendamente fantástico, gostei ao contrário da maioria do segundo, e o terceiro sim já desceu por completo a mediania. Este quarto, não sei se terei paciência.

Um forte abraço!

Cataclismo Cerebral disse...

Não vi o primeiro, mas gostei do segundo e achei o terceiro aceitável. Como me tinham contado a história do primeiro tornou-se fácil entrar no espírito da coisa. Regra geral, os filmes de terror raramente dão coisa boa, mas confesso que me sabe bem de vez em quando um pouco de fast food :)

Abraço

Gonçalo Trindade disse...

Knox: Infelizmente, creio que este desejo do público por filmes mais gore faz com que deixem de ser feitos bons filmes de terror picológico. O que me baralha mais é a forma como fazem um filme Saw todos os anos... e agora os capítulos V e VI vão ser gravados ao mesmo tempo. Isto é a derradeira representação do desejo de ganhar dinheiro no mundo do cinema... mas enfim, o público gosta bastante desta saga. E desde que continue a render...

Cataclismo: Eu também gosto de um bocadito de fast-food cinematográfico (se eu aqui revelasse qual era o meu derradeiro guilty pleasure, creio que seria obrigado a fechar o blogue :p), mas neste caso simplesmente não me atrai nada. Mas pelo amor de Deus... um filme por ano... irra! Enfim, desde que renda.

Grande abraço aos dois!

Loot disse...

a verdade é que a saga saw se tornou popular e enquanto render...
Isto sempre aconteceu quantos pesadelos em elm Street e sextas feiras 13 existem? e Quantos valem a pena?

Do Saw vi os 3 primeiros, gostei do um, achei o 2 e 3 dispensáveis.

Gonçalo Trindade disse...

Sem dúvida... já começa a ser tradição no cinema de terror. E neste caso... um filme por ano... enfim. Ainda havemos de ter o Saw XIII...

Loot disse...

Ou já agora o Saw no espaço como fizeram com o jason do sexta feira 13(apesar de não ter visto esse filme).

Gonçalo Trindade disse...

Com isso fizeste-me dar a gargalhada do dia. Não me admirava nada se em breve trouxessem o Jigsaw de volta (ele morreu no terceiro, pelo que ouvi dizer...), e o pusessem no espaço. Ou então ainda havemos de ter o espírito do Jigsaw a andar por aì em busca de vingança no Saw V... ou VI, ou VII, ou VIII...

Loot disse...

Sim ele morre no 3º e pelo que percebi o actor está contratado para o IV e V serão prequelas? ou como dizes o espírito do Jigsaw? é esperar para ver...quando der na TV

Confesso que o que me fez ir ver o Saw 1 foi a ideia de ele dar uma serra para eles cortarem a perna e não a corrente, que vi no trailer, achei a ideia de um sadismo genial.
Depois de ler "WATCHMEN" tenho quase a certeza que essa cena foi altamente baseada numa muito similar que ocorre nesta BD.

Gonçalo Trindade disse...

Sem dúvida. Para ver quando der na TV (a TVI mais cedo ou mais tarde há-de comprar os direitos disto, e depois exibe os filmes numa daquelas sessões a que chamam "Filme do Mês", na qual passam filmes de qualidade altamente duvidosa...). Cá para mim vão começar com prequelas, para entrar na moda.

A mim o que me fez ver Saw foi o facto de ter sido o sucesso que foi na altura que saíu. Tive muita gente a dizer-me que este era um thriller fabuloso, negro, sério, adulto, e complexo... além de revolucionário (?!). É claro que mais tarde vim completamente a discordar de tudo isso. Achei o primeiro Saw um filme curioso, minimamente interessante... enfim, aceitável (a premissa era sem dúvida bem interessante, e gostei daquela reviravolta final... mas além disso... todo aquele estilo à la MTV...). Não o vi num cinema: aluguei-o e vi-o num Sábado à noite. Depois ainda vi o segundo, o qual achei uma perda de tempo... e ja não vi o terceiro.

Nunca li Watchmen (até tenho vergonha em admitir isto, mas a única coisa que li do Moore foi o V for Vendetta... que foi absolutamente espectacular), e nunca tinha ouvido falar dessa inspiração naquele que é frequentemente considerado o mais importante/melhor comic jamais feito. Mas faz todo o sentido... a própria história de Saw parece ter sido algo saido de uma BD... e o próprio estilo visual do filme reflecte um pouco isso mesmo.

Loot disse...

Essa inspiração que falei é única e exclusivamente na cena de cortar a perna em vez da corrente, há uma cena no livro muito parecida (melhor já agora).
Se leste o V já sabes do que o Moore é capaz, tanto este como o Watchmen são grandes referências de BD.
Se adoraste um vais adorar o outro é garantido ;)

Gonçalo Trindade disse...

O Moore é um criador fabuloso. O Watchmen já me escapa há demasiado tempo... talvez agora que o Natal se aproxima... é simplesmente uma obra obrigatória a qualquer admirador de arte (sim, porque a BD é por mim considerada (e por muitos outros) a 8ª arte).
Mal posso esperar por o ler :). Depois do fabuloso V for Vendetta...

Loot disse...

É considerada a 9º arte ;)
Eu fiz o mesmo ou pedi no Natal ou no meu aniversário, agora gostava era de ter a edição absolute, mas como custa mais de 60 euros vai ter de esperar um tempão.

Abraço

Gonçalo Trindade disse...

Tens razão. Esqueci-me da Fotografia, que é considerada a oitava arte :p.
A edição absolute realmente está bastante cara... talvez a consiga no Natal, e a ultimate edition do Calvin & Hobbes (até agora o meu universo BD predilecto... nada bate o humor por vezes extremamente profundo de Watterson, e as suas fabulosas personagens) no meu aniversário. A ver vamos... tenho mesmo de ler Watchmen...

Um abraço!

Loot disse...

São estilos diferentes, dentro da BD de humor Bill Waterson também é dos meus favoritos, juntamente com Quino. Eu agora queria ver se arranjava livros dos Peanuts do Charles M. Schulz. Toda a gente conhece o Snoopy mas nunca li nenhum livro dele.

Gonçalo Trindade disse...

Li pouco dos Peanuts, mas gostei do que li. Um humor muito agrádável, sem dúvida (sempre com uma ou outra lição moral ali pelo meio...). O Snoopy é um clássico... curiosamente, a minha primeira experiência com os Peanuts foi não com a BD mas antes com a excelente série de animação, da qual tenho óptimas memórias de infência. Qualquer dia ainda procuro pelos DVDs disso tudo...
Também gosto da Mafalda (e, mais uma vez, a minha primeira experiência com esta personagem foi com a sua respectiva série/filmes de animação... mais tarde comecei a ler a BD, a qual ainda leio por vezes).

Comecei recentemente a ler Zits, do Jerry Scott e do Jim Borgman. Uma óptima BD, de um humor estranhamente realista (de uma forma caricatural) simplesmente delicioso (o que os pais de adolescentes podem aprender com aquilo...).

E tenho também aqui de proclamar a minha admiração por Frank Miller. Sendo eu um fã de noir, adoro toda a saga Sin City (e o filme também não é nada mau... enfim, uma adaptação literal da BD...). Crua, decadente, sangrenta, brutal... uma BD fabulosa. Miller é um criador dotado. Sin City contém algumas das mais belas imagens que jamais vi em BD.
E também gostei bastante do 300 (não posso dizer o mesmo acerca do filme, neste caso...). Infelizmente, nunca li a sua BD do Batman, que serviu de base ao (a meu ver, bastante mau) filme do Nolan. Uma falha enorme da minha parte... se Miller faz aquilo que faz com um grupo de espertanos e com o estilo noir, nem quero iamginar aquilo que terá feito com Batman (nota à parte: os filmes do Batman de Tim Burton são, quanto a mim, a melhor adaptação de uma BD que o cinema jamais viu).

Loot disse...

Também me lembro dos desenhos animados dos Peanuts :D
Já os da Mafalda não tanto, por ela apaixonei-me mesmo na BD, mas os outros livros do Quino também são fantásticos.
Já li Zits e também achei bastante piada, mas li pouco.

Frank Miller é também um dos meus escritores preferidos, a saga Sin City é fantástica e quanto ao filme percebo-te, está muito bem feito (eu gostei) mas não acrescenta nada em relação à BD.
No 300 discordamos eu gostei do filme :P, mas claro que prefiro a BD com aquela excelente coloração da Lynn Varley.

Quanto ao Batman que é o meu personagem favorito dos comics, se gostas das suas estórias Frank Miller é obrigatório.
Eu gostei do Batman Begins, apesar de haver momentos no filme que achei de mau gosto.
O filme tem cenas que são literalmente tiradas do "Ano Um" do Miller, mas a BD é completamente diferente do filme.

Os filmes de Burton são as melhores adaptações de um super herói ao cinema, mas há outros filmes que foram também grandes adaptações, como o genial Oldboy e o History of Violence (bastante diferente da BD).
O The Fountain não conto como adaptação porque tanto o livro como filme foram criados pela mesma pessoa para formatos diferentes, não existindo uma adaptação de um formato para o outro.

Gonçalo Trindade disse...

Eu desconfio que sou dos poucos que não gostou do 300 :P.
O Oldboy é, pura e simplesmente, um dos filmes que eu mais adoro. Se tivesse agora de fazer um Top 10 de filmes da minha vida, estaria bem perto do topo. Nunca li o comic, apesar de ter ouvido dizer que é bastante diferente do filme... mas para mim é simplesmente obrigatório, já que sou um ENORME admirador do filme (e do Park Chan-Wook no geral). Também adorei o History of Violence, e estou extremamente curioso em relação à BD. Se for tão adulta e complexa como a adaptação cinematográfica respectiva...

O The Fountain é também um dos filmes que estariam bem perto do topo do meu Top 10. Também adoro a BD, e acho que é mesmo um caso interessantíssimo: podemos dizer que apesar da história ser basicamente a mesma (apesar de preferir a versão mais reduzida do filme), a BD e o filme mostram interpretações diferentes dessa mesma história.
Tanto a BD como o filme são obras verdadeiramente únicas. A BD é toda ela maravilhosamente artística, e bastante adulta, de uma sensibilidade enorme. Está espectacularmente bem desenhada/criada. Adoro aquele estilo.

Creio que, ao fazer uma adaptação cinematoráfica de um comic, é sempre necessário que o realizador revele a sua própria interpretação da BD. O Batman do Burton mantém-se fiel à BD, mas é ainda assim uma obra extremamente carregada com o estilo de Burton. São esses dois estilos que, aliados, criaram aquelas duas obras-primas do cinema (Batman e Batman Returns). É também por isto mesmo que au gosto do tão odiado Hulk, do Ang Lee. Creio que o Lee pegou numa história BD e a partir dela fez um filme pessoal e (e já sei que há muita gente que discorda, mas paciência :P) profundo.
Pena é que grande maior parte das adaptações de hoje em dia sejam simplesmente feitas para vender...

Loot disse...

Eu quando fiz o meu top de adaptações de BD coloquei tanto o oldboy como o history of violence à frente do sin city e do 300 e no entanto se me perguntares quais as melhores adaptações no sentido de serem fieis à obra, de transportarem para o grande ecrã exactamente o que está na BD, então o Sin City e o 300 fazem isso melhor, mas eu preferi os outros ;)

O history of violence segue a BD até ao primeiro capítulo e depois vai por outro caminho, em termos de narrativa, mostrando outras coisas, alterando outras e falando de lembranças que acontecem na BD. Mas são duas peças distintas. Eu gostei muito, claro que quando alguém altera uma BD mas a estraga no cinema, já é outra conversa.

Eu também gostei do Hulk :) exactamente pelas razões que enunciaste, não o acho um filmão mas foi um exercício bastante interessante, vamos ver o que sai deste hulk2, provavelmente algo mais dirigido às vendas, já que o anterior não foi um sucesso comercial.
Também gostei das adaptações dos dois primeiros X-Men.

Sobre Fountain o artista que desenhou esta BD foi Kent williams e ele é de facto muito bom o último trabalho dele que vi foi o "Tell me Dark".

O Batman de Burton tem muito do seu mundo isso é verdade, por um lado ás vezes penso que ele podia ter melhorado algumas coisas se tivesse pegado mais em BDs, algo bom que o Nolan fez, mas por outro lado Burton deu-lhe coração, tanto ao herói como à cidade.

Gonçalo Trindade disse...

Concordo, o 300 e o Sin City são sem dúvida adaptações que tentam ser o mais fiel possível à respectiva BD... e por isso é que não são adaptações assim tão boas (apesar de ter gostado do Sin City).

Sim... é perigoso fazer adaptações não-literais de BD no cinema. O realizador pode simplesmente estragar a BD ao não se manter fiel. É preciso um realizador talentoso para fazer uma boa, estável adaptação de BD que consiga ser diferente da obra respectiva. Por isso é que admiro tanto filmes como Hulk, Batman, ou Spider-Man 2 (não gostei muito do primeiro, e o terceiro foi apenas aceitável...).

O Hulk 2, pelo que tenho ouvido dizer, é mesmo para reiniciar a franchise de forma a ter maior sucesso económico. Desconfio que vai ser o típico filme BD, com explosões e CGI a tentarem compensar por personagens 2D e uma história previsível. Mas irra... o elenco do novo Hulk é óptimo... só por isso, tenho algum interesse.

Também gostei bastante dos dois primeiros X-Men (particularmente do segundo). O segundo foi um blockbuster agradável... e não tendo lido assim tanto dos X-Men, consegui aceitar. Mas como filme não é nada de especial, e imagino que como adaptação deve ser péssimo (o Brett Ratner não é um realizador muito talentoso...).
Também gostei daquilo que o Bryan Singer fez com o Superman (apesar de muita gente ter odiado o filme). Acho que foi um belo filme BD. Apesar de esta ser uma franchise que vai um pouco além de uma simples adaptação, já que o primeiro Superman do Richard Donner e considerado um enorme clássico. Acho que é um caso muito particular.

Do Kent Williams ainda não li mais nada... só sabia que ele tinha feito qualquer coisa para a Playboy (?!). Mas agora deixaste-me bastante curioso, tenho ver se deito mão a mais alguma coisa dele.

Estou de acordo. O Burton deu um enorme coração a todo o ambiente das suas adaptações Batman. Particularmente os vilões, que estão fabulosamente bem construídos (Jack Nicholson como Joker...).
Em relação ao Nolan não posso dizer muito, já que ainda não li a BD respectiva. Mas do filme não gostei nada :( (apesar de ele ser já adorado por muita gente).

Loot disse...

Lá está ou és um bom realizador e sabes o que estás a fazer, ou então é melhor seguires-te pela BD literalmente.

Tu não gostas do 300 eu tenho esse problema com os aranhas, apesar de lhes reconhecer mérito, não são uma adaptação fraca como a do Daredevil ou da liga de cavalheiros, mas não me conquistaram.

O Hulk 2 tem um grande elenco sem dúvida e vou estar atento, mas de momento não tenho grande fé nele, espero estar errado.

O filme de Brett Ratner tem os seus momentos de entretenimento, mas é uma amálgama de estórias em que nenhuma é bem contada. Pior do que adaptar mal a BD ele faz mal a ponte entre o 2 e 3. A fénix no 2 tinha fogo à volta dela e no terceiro filme não há nada. Isto deve-se a mudança de planos e sei que são só pormenores, mas pronto.

Quanto ao superman são muito distintos no próprio herói, o filme do Brian Singer tem um Superman da Silver Age dos Comics, enquanto o antigo é o da Golden Age ou seja, aquele que pode fazer basicamente tudo inclusive andar à volta da terra para voltar atrás no tempo.
Não achei o de Singer mau, mas também estava à espera de mais, acho que ele colou demasiadas referências ao antigo, algumas teria sido divertido, mas ele exagerou até o argumento roda à volta do mesmo.


O Nolan foi buscar o lado negro do Batman e isso foi muito bem vindo, e o de Burton tem aquela melancolia que lhe é tão característica. Se calhar os dois deviam ter trabalhado juntos no filme, ou se calhar não :P
Eu espero que este Dark Knight seja melhor que o begins, acho que tem material para isso e até sou dos poucos que adorou a escolha do novo Joker, o heath Ledger que considero um excelente actor.

Gonçalo Trindade disse...

O Daredevil e o Liga de Cavalheros Extraordinários são péssimos... o Sean Connery ficou tão traumatizado que nunca mais trabalhou em Hollywood...

O Hulk 2 parece interessante mesmo só pelo elenco... porque de resto...

O X-Men 3 é um filme que vale apenas como agradável blockbuster. O X-Men 1 e 2 tinham uma história bem construída, cenas de acção que bastavam, e actores que faziam um trabalho óptimo. O X-Men 3 simplesmente limitou-se a matar o maior nº de personagens possível, de forma a tentar desesperadamente criar um efeito dramático que a história em si não conseguia criar. Muitas histórias nada desenvolvidas (pobre Mystique...), e ainda mais efeitos visuais. Bom para comer pipoccas :p

O Superman do Singer comigo resultou memo por causa da nostalgia. Nota-se que ele tentou captar uma nova geração de fãs, tentando usar vários temas e cenas do filme original (e é como dizes... a história gira toda ela à volta do mesmo... insere-se lá o rapaz filho do Superman, mas de resto...). Espero que o próximo seja um filme mais pessoal, que se atreva a fazer algo mais. Mas gostei bastante do Returns, ainda assim.

O que eu gostava de ter visto era o Batman do Aronofsky... gostaria muito de saber o que ele teria feito com a personagem. Certamente seria algo emocionalmente e visualmente poderoso. O Aronofsky é, pura e simplesmente, um visionário. Tenho pena que não seja ele a fazer a adaptação do Watchemn, como se chegou a dizer...

Loot disse...

Mas ouvi dizer que queriam fazer com o Superman 2 o mesmo que vão fazer com o Hulk 2, cortar relações com o primeiro. Neste caso não sei é se o elenco também muda. Eu não me importava de ver qual o próximo passo de Singer nesta saga, mas parece que não vai ser mesmo ele a realizar.

Aronofsky a realizar Batman? Elá isso soa mesmo muito bem. Eu soube que havia uma ideia para o filme que era trazer um batman mais velho, provavelmente uma adaptação da "The dark knight returns" do Miller.
Agora fiquei com pena por não ver um batman de Aronofsky.

Mas de Nolan gostaste dos seus outros filmes? Nomeadamente Memento? (eu gostei muito deste)

Gonçalo Trindade disse...

Tinha pena se não fosse o Singer a realizar. Estou confiante que ele faria um belo trabalho com o próximo filme do Superman... bastava separar-se um pouco mais do original. Mas enfim... como o Returns não foi o sucesso esperado...

Do Nolan não gosto muito... nem do Memento :p (e nem imaginas as vezes que já fui insultado verbalmente por dizer isto). Gostei moderadamente de Insomnia, mas de resto... apesar de ainda não ter visto The Prestige... talvez ele me conquiste com esse. O Memento achei, acima de tudo, extremamente bem escrito, basicamente na forma como toda a estrutura narrativa encaixava perfeitamente. A estrutura era óptima... mas a história em si era banal, e a realização também não me pareceu grande coisa. Mas tenho sem dúvida de rever esse filme. Talvez com um novo visionamento...

Ainda não sei bem o que pensar em relação a termos um Heath Ledger como Joker. Parece que ele tem estado bastante empenhado no papel (até se fechou num hotel, pelo que ouvi dizer...)... mas veremos. Será sem dúvida um Joker diferente do de Jack Nicholson (tal como o Universo de Nolan é bem diferente do de Burton). Não tenho grandes expectativas, mas talvez apanhe uma bela supresa...

Quero ver se alugo o Prestige em breve...

Loot disse...

O memento é o meu filme favorito dele, mas não insulto ninguém caso não goste :P
O Insomnia também gostei e o prestige ainda não vi.

Sobre o Heath Ledger falaste muito bem quando disseste "Será sem dúvida um Joker diferente do de Jack Nicholson (tal como o Universo de Nolan é bem diferente do de Burton)"

Muitas pessoas comparam os dois actores e esquecem-se disso, a ideia não é copiar o Joker de Nicholson nem isso faria sentido neste universo de Nolan.

Em relação a Ledger captou-me a atenção quando o vi em Monsters Ball e posteriormente confirmei que é um grande actor, depois achei-o formidável em Brokeback Mountain

Gonçalo Trindade disse...

Os Batman de Nolan é bem diferente do de Burton. O Joker de Ledger será provavelmente mais atormentado e negro... o de Nicholson estava repleto de humor negro (tal como todo o Universo de Burton). Estou muito curioso para ver o que Ledger fará com a personagem. Ele sempre me pareceu ser um actor com muito potencial, mas o único papel em que me convenceu completamente (ainda não vi Monster's Ball) foi mesmo no Brokeback Mountain, onde fez um excelente trabalho.
Tenho esperanças de que o próximo Batman do Nolan me convença... a ver vamos :p