quinta-feira, agosto 30, 2007

Warner Brothers ordena cortes a "Sweeney Todd"


A Warner Brothers, numa tentativa de obter uma classificação PG-13 para o filme, ordenou que fossem cortadas algumas cenas de violência extrema do mais recente trabalho de Tim Burton: "Sweeney Todd", um filme baseado no famoso musical que fala de um barbeiro homicida.

Ora bem, observemos a premissa... é a história de um barbeiro homicida contada por Tim Burton... será que a Warner não esperava já algumas cenas de... erm... uma certa violência? Será que eles não viram o que este (brilhante) cineasta fez ao "Batman" (falo acerca do tom negro/gótico que ele deu ao herói, e não da forma como ele pegou num livro de banda-desenhada e a partir daí fez uma obra-prima da sétima arte)? Enfim... a estreia do filme nos Estados Unidos está marcada para 21 de Dezembro. É óbvio que a Warner está a tentar aproveitar-se da típica época Natalícia... mas em vez de um filme para toda a família, temos a história de um barbeiro homicida contada pelo cineasta mais gótico (e, volto a dizer, brilhante) do cinema contemporâneo. Tenho o palpite que a Warner está a cometer o mesmo erro que cometeu com o "The Fountain"... esta é a forma (e a altura) errada de tentar vender um filme deste género ao público.

Por cá, é óbvio que o filme não chegará em Dezembro. Mas, chegue quando chegar, este é um dos filmes que mais ansiosamente aguardo.

terça-feira, agosto 28, 2007

Top 5 de Steven Spielberg


5 - Jaws


4 - Close Encounters of the Third Kind



3 - Munich



2 - A.I



1 - Schindler's List

sábado, agosto 25, 2007

Mediocridade




Após o tão mauzinho "Alien VS Predator"... será que precisamos mesmo de uma sequela? Será que não podiam deixar as duas sagas em paz? Ahh Hollywood... tu e as sequelas. Aparentemente, os realizadores deste segundo capítulo acham que litros e litros de sangue são o ingrediente principal na criação de um bom filme.
Infelizmente... estão errados.

Como diria o grandioso Conan O'Brien no grandioso "Late Night", este filme irá ser absolutamente "craptastic".

quarta-feira, agosto 22, 2007

Ratatouille, de Brad Bird

Quando o novo e o velho se misturam


Sempre gostei de Brad Bird. A minha admiração por ele nasceu após este ter feito o absolutamente magnífico "The Iron Giant", um filme de animação com uma profundidade a maturidade como já não se via há muito no cinema americano. Após essa magnífica obra, veio "The Incredibles". E eu não gostei particularmente de "The Incredibles". Pareceu-me um filme desequilibrado, que tentava ser profundo e manter ao mesmo tempo um sentido cómico inerente aos filmes de animação. Respeitei a tentativa de Bird, mas não a apreciei muito.
Mas eu sabia que Brad Bird era extremamente talentoso. Sabia que ele tinha potencial para ser um dos grandes autores do cinema de animação contemporâneo. Faltava apenas mais uma obra que confirmasse esse potencial, esse talento...

E aqui está ela. "Ratatouille" é ainda melhor que "The Iron Giant", é um clássico instantâneo do cinema de animação, um filme de um sentido clássico e de uma honestidade que são de génio. E a consagração de Brad Bird como (tal como já disse) um dos grandes autores do cinema de animação contemporâneo. Porque o cinema de Bird é verdadeiro cinema de autor. "Ratatouille" é um filme intimo, pessoal... e é por isso que é um filme brilhante. Bird fez o filme com amor, criando uma obra que foge aos clichés do género e de uma complexidade emocional (a personagem do crítico, interpretada na perfeição por Peter O'Toole, é um dos melhores exemplos disso) magnífica.

De facto, "Ratatouille" é um pouco como um upgrade da magia dos antigos filmes da Disney (convém mencionar que este é o primeiro filme feito após a fusão da Pixar com a Disney). Um filme que tem essa magia, mas ao mesmo tempo inova em termos de complexidade e actualidade. Não temos canções nem animação em 2D... temos antes personagens realistas, humanas, e um filme com um argumento imaculado, que mantém o espectador interessado do início ao fim, criando uma história que nunca cai na previsibilidade.



Visualmente, o filme é (tal como a Pixar nos tem vindo a habituar) uma verdadeira pérola. Os humanos são criados de uma forma caricatural, dando ao filme um ar vivo e energético. As ratazanas (que apenas o são de espécie, garanto-vos) são também elas maravilhosamente criadas, cada uma com o seu ar característico. Garanto-vos que, no final, é impossível não sentirmos uma fortíssima ligação com a personagem de Remy (interpretado na perfeição por Patton Oswalt), a jovem ratazana que deseja ser um cozinheiro na cidade das luzes (e da melhor comida): Paris. Brad Bird consegue, de forma brilhante, recriar e transmitir sentimentos humanos a partir de um ser que não é um humano. De facto, ninguém faz isto melhor que a Pixar.

Acho curioso ouvir pessoas a apelidar "Ratatouille" de comédia. As piadas (sempre de bom gosto e de bom coração) existem, sim, mas são usadas apenas como utensílios de modo a dar o tom perfeito ao filme. E, além disso, elas têm sempre um objectivo... quer seja para revelar o quão desastrado Linguini (o rapaz que faz parceria com Remy, aproveitando os dotes culinários do animal), ou para revelar o quão determinada é Colette (a única mulher existente na equipa de cozinheiros do restaurante). "Ratatouille" não é uma simples comédia. É um filme profundo, intímo, clássico e complexo ao mesmo tempo.

Brad Bird criou um clássico instantâneo do cinema de animação. Um filme que relembra os antigos filmes da Disney que povoavam a nossa infância, ao mesmo tempo criando um filme talvez mais complexo, actual e intímo que esses próprios filmes. É um filme honesto, clássico, intimo, e profundo. A mensagem de "Ratatouille" (não estamos condicionados pelas nossas origens ou pela nossa situação actual... nem todos podem ser um génio, mas um génio pode aparecer de qualquer lado) tem tanta importância hoje como daqui a trinta anos.

É um dos filmes do ano e dos grandes filmes de animação da década (juntamente com "Finding Nemo" e "A Viagem de Chihiro"). Um clássico instantâneo que prova aquilo que julgávamos impossível: afinal de contas, aquela magia dos antigos filmes 2D não desapareceu. Apenas se manifesta de uma outra forma.


9.5/10

(Aviso-vos já que, com um revisionamento, é bem provável que isto suba para um 10 redondo)

terça-feira, agosto 14, 2007

Momento hilariante do dia II



Cliquem na imagem para a poderem ver no seu tamanho original.

Nota: O facto de esta pequena crónica se chamar "Momento hilariante do dia" não significa que eu faça posts destes todos os dias (eu é que simplesmente não resisti em mostrar já esta pequena pérola à Wasted)! Estas pérolas são complicadas de encontrar... estou a ver que dentro em breve terei de colocar um ou outro cartoon de minha autoria...

segunda-feira, agosto 13, 2007

Momento hilariante do dia

sábado, agosto 11, 2007

Isto é a prova definitiva...




...de que algo muito, muito estranho se passa com o Christopher Walken...

segunda-feira, agosto 06, 2007

Parabéns, M. Night Shyamalan!



Manoj Nelliyattu Shyamalan, mais conhecido por M. Night Shyamalan, nasceu à 37 anos atrás. Ficou famoso pelo filme "O Sexto Sentido", pelo qual foi nomeado ao Óscar de Melhor Realizador. À medida que a sua carreira foi progredindo, o mesmo aconteceu à sua carreira, e os seus filmes foram, na minha opinião, sendo gradualmente melhores. A sua magífica Obra-Prima, "A Vila", é um filme que eu considero como um dos melhores da década. Uma obra de uma poesia arrebatadora, e que consegue estimular tanto o coração do espectador como a sua mente. Foi um filme odiado pela crítica americana (os críticos americanos têm mesmo de começar a ter uma mente mais aberta...), mas extremamente bem recebido pela crítica europeia. "Lady in the Water", o seu mais recente filme, pode não ser tão bom como "A Vila", mas é ainda assim um filme absolutamente magnífico, tendo sido uma das melhores obras a estrearem nas nossas salas no ano de 2006. Não posso afirmar que seja um filme "pior" que "A Vila". É, simplesmente, um filme diferente, que aborda um tema diferente de uma forma diferente. "A Vila" era uma história de amor com contornos de crítica social. "Lady in The Water" é uma fábula com contornos de crítica à natureza humana (nomeadamente, à nossa perda de inocência e da capacidade de simplesmente ACREDITAR).

O que de melhor se pode dizer de Shyamalan é isto: tem 37 anos, e fez ainda apenas 7 filmes... mas já é um dos mestres do cinema contemporâneo.

Deixo aqui ao lado uma pequena sondagem que creio ser adequada à ocasião.

domingo, agosto 05, 2007

Death Proof, de Quentin Tarantino



Profundo entretenimento


Quentin Tarantino é um génio. Se olharmos para a sua filmografia, veremos que nenhum filme que ele fez até agora está abaixo da excelência. Até mesmo os seus dois piores filmes ("Kill Bill vol.1" e "Jackie Brown") são filmes verdadeiramente excelentes. Tarantino é simplesmente um dos grandes reaizadores da sua geração, e um dos grades realizadores do cinema contemporâneo. E isso é algo que mais uma vez se confirma com este "Death Proof", a homenagem de Tarantino aos filmes B que tanto o inspiraram.

Tarantino tem um dom. Ele consegue fazer um filme de um determinado género, homenageando esse género ao mesmo tempo que o inova. Este "Death Proof" não é apenas mais um filme de série B... este é o filme de sére B do Tarantino. Um filme que pega nas características do seu género, e a partir delas faz algo verdadeiramente incrível, algo novo, algo inovador. E apenas Tarantino consegue fazer filmes assim.

"Death Proof" é uma das melhores experiências que jamais tive numa sala de cinema. Diverti-me como já não me divertia há bastante tempo. Mas não é apenas entretenimento. É uma homenagem de uma realizador ao género que o inspirou. "Death Proof" é um filme feito com amor, e isso notsa-se. Seja nas maravilhosas citações a filmes do mesmo género, seja na brilhante banda-sonora, "Death Proof" é um filme que vive pelo amor do seu realizador. Amor esse que passa para o próprio especador. Tarantino divertiu-se a fazer este filme, e é essa mesma diversão que passa para o espectador. Um diversão á base do amor por um género, amor pelo cinema.


"Death Proof" é o filme B perfeito. Temos um conjunto de raparigas do mais sexy possível, e um vilão (magnífico Kurt Russel!) simplesmente espectacular; uma banda-sonora que ainda mais acrescenta ao tão perfeito ambiente de toda a obra; uma das melhores perseguições de carros jamais feitas no cinema; maravilhosas referências não só a outros filmes B, mas também a outros filmes deste mesmo realizador (sinal não de arrogância por parte de Tarantino, mas antes de reconhecimento do tipo de público que vai ver os seus filmes... e são também pequenos pormenores que ele próprio gosta de ver nos seus filmes).

"Death Proof" é uma magnífica obra-prima. Um dos filmes do ano. Um dos filmes dos últimos anos, já agora. Tarantino criou uma magnífica e imperdível experiência.

Saí do cinema com um enorme sorriso estampado no rosto (o filme tem um final simplesmente brilhante, que é como o culminar de todos os sentimentos que o espectador sentiu ao longo da obra), e isso, meus amigos, já é dizer muito. Mesmo, mesmo muito.


10/10

quinta-feira, agosto 02, 2007

Vi finalmente...



...esta magnífica obra-prima. E à medida que visionava, com lágrimas nos olhos (obra extremamente comovente, este "Cartas de Iwo Jima") este magnífico, emocionalmente complexo filme do grande Clint Eastwood, uma pergunta vagueava-me pela mente: porque é que este senhor...



...não recebeu sequer uma nomeação ao Óscar? Enfim... este grande Ken Watanabe continua a não receber o valor merecido. Ele, que foi a melhor coisa d'"O Último Samurai" e do "Memórias de uma Gueixa". Ele, que tem uma presença incrível. Ele, que consegue hipnotizar o espectador com o seu talento.

Enfim... um actor extremamente subvalorizado, este grande Ken Watanabe.