Ora aqui está. O sexto dos sete filmes do jovem feiticeiro (que agora já não é assim tão jovem) mais famoso do planeta.
E ao sexto filme, nada mudou verdadeiramente. A realização continua académica, o elenco jovem continua sem grandes dotes de interpretação e realmente Deus nos valha aquele elenco veterano (todos estão espectaculares, mas de facto Alan Rickman merece uma menção especial... mas, como disse, todos estão espectaculares), os efeitos visuais continuam óptimos, a fotografia (belíssima, sem sobra de dúvida...) e a banda-sonora também, e o filme tecnicamente é exemplar. Mas em termos narrativos, em termos interpretativos, em termos, vá, artísticos, não há qualquer tipo de evolução e o filme não se destaca particularmente. E, no final, este acaba por apenas mais um filme da saga, apenas o sexto de sete. E é triste verificar que, tão perto do final da saga, não há qualquer tipo de evolução. A história do jovem Potter continua bastante recomendável (para quem aprecia), sim. Mas não muito mais que isso.
O nível de qualidade mantém-se neste sexto filme. Mantém-se, não evolui. E, após tantos anos a aturar esta saga, talvez se devesse esperar o contrário.
Satisfaz, sem dúvida. Mas não mais que isso.
E, numa outra nota, avaliando o filme não como filme mas antes como adaptação... será que não podiam levar o material base um pouco mais a sério e cortarem com o romance juvenil para se concentrarem em coisas que, nas obras, são infinitamente mais importantes? As memórias de Dumbledore, a história de Snape... porque não cortar com os romances que no geral não levam a lado nenhum para conseguir uma maior concentração nos fios narrativos que realmente importam? Enfim... de qualquer das maneiras, se visse estes filmes como adaptações e não como filmes, teria parado logo no primeiro.
A minha crítica pode ser lida aqui.
sábado, julho 18, 2009
Harry Potter e a Estagnação Artística
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Gonçalo Trindade
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quarta-feira, julho 08, 2009
A enorme revelação de Transformers
A grande revelação do novo filme Tranformers (o segundo de mais uns quantos que hão-de fazer, certamente), a grande reviravolta que choca o espectador, surge não durante o filme em si, mas antes nos créditos finais, quando o espectador descobre chocado que foram necessárias três pessoas para escrever este argumento, que tem tanto de idiota como de incoerente. A trama é simples, idiota, e o filme em si é o blockbuster mais banal e superficial que veremos este Verão. Visualmente espectacular (ainda assim, o primeiro impressionou mais...), mas absolutamente oco em todos os outros aspectos. Diverte quem quer desligar o cérebro (como foi o meu caso). Desligado mas mesmo bem desligado...
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Gonçalo Trindade
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