Não costumo comprar DVDs de filmes que ainda não vi. É sempre um risco. Os DVDs não são baratos, e se no final o filme não for assim tão bom... acaba por ter sido um desperdício de dinheiro. Tento fazer isso apenas com filmes com uma certa relevância cinematográfica, ou que a mim, pessoalmente, me interessam particularmente.
A compra de "Control" foi, pois, um impulso. Já tinha ouvido falar muito bem do filme, e fiquei com pena de o ter perdido no cinema, mas não planeava comprá-lo... 20 e tal euros por uma edição especial de um filme que não tinha visto? Enfim...
Mas comprei-o. Pouco ou nada conhecia dos Joy Division, e como amante de música já há algum tempo que os queria começar a conhecer melhor. Isso aliado à boa recepção que o filme teve fez com que acabasse por comprar o DVD.
E ainda bem que o fiz, porque "Control é um filme absolutamente brilhante. Muito mais que um simples biopic, é acima de tudo a fascinante história de um jovem e da forma como o controlo da sua própria vida lhe escapa, lavando-o numa espiral de dor. É história de Ian Curtis, o vocalista de uma das bandas mais influentes dos anos 80? Sim. Mas é também muito mais que isso.
O preto-e-branco é magnífico, dando ao filme uma melancolia que cria na perfeição o tom perfeito para a história. E em termos visuais, acaba por ter uma inegável beleza. E filmes a preto-e-branco hoje em dia são raros...
As interpretações são todas elas óptimas. Samantha Morton (como Deborah Curtis) e Sam Riley (protagonista, como Ian Curtis... e que excelente papel que o rapaz faz...) são espectaculares, a realização é notável (é o primeiro filme de Anton Corbijn, realizador de videoclips/fotógrafo que já trabalhou com algumas das mais importantes bandas da música... incluindo os Joy Division), e é simplesmente um filme que não falha em nenhum aspecto.
E há a banda-sonora. Como disse, pouco ou nada conhecia dos Joy Division. Mas agora sou fã. As músicas em si são óptimas, e a forma como foram usadas no filme é impressionante (a "Atmosphere"...), e quando este acabou, já era um admirador. Tanto a história da banda e do seu vocalista (Ian Curtis é fascinante...) como a própria música que faziam é incrível.
"Control" converterá qualquer um a fã dos Joy Division. Mas é muito mais que isso. Muito mais que um biopic. Não mostra Ian Curtis como um ídolo, ou como um ícone. Mostra-o tal e qual como este foi: um jovem com graves problemas, cuja vida culminou num fim trágico.
"Control" comove. Comove muito.
É uma Obra-Prima. E das melhores compras que fiz nos últimos tempos! Nem esperava que fosse tão bom...
Anseio agora pelo próximo filme de Anton Corbijn.
E como fã dos The Killers, um destaque para a excelente cover que fizeram de "Shadowplay". Corbijn gostou tanto que a usou nos créditos finais, dando ao filme no final um certo simbolismo, no qual o presente e o passado chocam: a influência dos Joy Division permanece. E sem dúvida permanecerá por muito mais tempo.
5 comentários:
Também gostei muito deste filme e adoro os Joy Division são fantásticos.
Foi um filme arrepiante.
Abraço
Eu fiquei imediatamente um fã deles, e agora ando a descobri-los. O filme a mim comoveu-me bastante... nem fazia ideia de que era tão bom.
Um abraço!
Céus... ja vi este filme uma 4 vezes.. lol!! Sim eu sou doente pelo Ian Cutis e os Joy Division!
Olha tens um pequeno desaffio no meu blog!
Kisses kisses
*desafio
Excelente desafio. Vou agora fazer uma pequena pausa, mas quando voltar o primeiro post será a minha resposta :)!
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