"You're mad!"
"Thank goodness for that because if I wasn't, this'd probably never work."
Chegou finalmente o muito aguardado final da (espero eu...) trilogia que tornou Johny Depp num dos mais famosos actores da sua geração, e ressuscitou um género que há muito estava morto. Os primeiros dois filmes foram de um enorme (e inesperado) sucesso, criando personagens carismáticas e uma trama complexa que chega agora ao fim com este "Nos Confins do Mundo", onde temos novamente Bill Nighy como um capitão metade lula, metade... outras espécies marinhas; Orlando Bloom como um rapazola qualquer que quer salvar a namoradinha; Keira Knightley como a namoradinha que quer ser pirata; Geoffrey Rush como um (excelente) pirata que passou de inimigo a aliado; Chow-Yun Fat como um (também excelente) pirata de Singapura; e Johny Depp como o incomparável Jack Sparrow. E no que é que resultam todas estas personagens, todas elas com os seus diferentes objectivos e história própria?
Tudo isto resulta no blockbuster perfeito. "Piratas das Caraíbas: Nos Confins do Mundo" é um magnífico blockbuster, que consegue de forma magistral desenvolver de forma perfeita todas estas personagens, dando-lhes uma conclusão mais que satisfatória, criando assim uma trama complexa que consegue ao mesmo tempo manter aquele tão característico humor dos dois primeiros filmes. Este será, muito provavelmente, o melhor blockbuster que veremos este ano.
Em praticamente três horas, temos uma história repleta de traições, revelações, humor e épicas cenas de acção. O argumento do filme é verdadeiramente excelente, já que consegue tratar todas as personagens com a devida importância, não havendo nenhuma cena desperdiçada ao longo de todo o filme. Os argumentistas sabiam em que direcção levar a história, sabiam a forma adequada de encaixar todas as pequenas peças do puzzle, e fizeram-no de forma exemplar. Isto resulta maravilhosamente com o estilo de Gore Verbinski (realizador dos três filmes), que além de saber exactamente onde colocar e como criar as cenas de acção, sabe também dar o tom perfeito a cada cena, seja ela dramática ou cómica. E temos ainda a maravilhosa equipa de efeitos visuais, criadores de cenários e batalhas (magnífico clímax final) que são verdadeiros festins para os olhos, além de darem ainda a caracterização perfeita a todas as personagens criadas por CGI, que se fundem perfeitamente com as personagens e os cenários reais.
Além de tudo isto, temos um maravilhoso elenco que aparenta estar a divertir-se ao máximo com as suas personagens. Chow Yun-Fat personifica um maravilhoso pirata, e aproveita ao máximo o tempo em que aparece no ecrã; Geoffrey Rush transpira estilo e pirataria por todos os poros; e o resto do elenco mantém a qualidade a que nos tem habituado (até aquele rapazolas do Orlando Bloom deixou de irritar tanto!).
E temos Keith Richards como pai de Jack Sparrow numa cena que é, numa única palavra, mágica.
De facto, todo o filme é mágico. Esta saga conseguiu criar uma complexa e única mitologia e uma trama complexa que fascina e maravilha o espectador. "Nos Confins do Mundo" não se leva demasiado a sério como fez o primeiro filme, e consegue ser mais profundo, mais elaborado, mais cómico, mais complexo, mais fascinante que o segundo.
É bom saber que ainda existem por aí filmes que conseguem ser, pura e simplesmente, excelente, magnífico enretenimento. Filmes que transportam o espectador para um novo mundo, que não se levam demasiado a sério (apesar de este terceiro capítulo ser, como já disse anteriormente, o mais profundo da trilogia, e conseguir manter de forma perfeita um nível de seriedade que o primeiro filme tentava possuir mas não merecia, e a que o segundo filme pura e simplesmente não aspirava), e que fazem o espectador sorrir mantendo ao mesmo tempo o seu cérebro activo.
"Piratas das Caraíbas: Nos Confins do Mundo" é o blockbuster perfeito. Um filme que sabe exactamente o que quer fazer e fá-lo de forma magistral. Uma excelente final para uma boa saga, que atinge o seu auge neste terceiro capítulo... e sejamos honestos: acerca de quantas trilogias podemos dizer isto?
8.8/10
sábado, maio 26, 2007
Piratas das Caraíbas: Nos Confins do Mundo
Publicada por Gonçalo Trindade à(s) 19:36 4 comentários
quarta-feira, maio 16, 2007
Comovente
Magnífico. Simplesmente magnífico. É provável que a maior parte de vocês já o tenha visto, mas um vídeo assim vale sempre a pena relembrar (por mais emocionalmente poderoso que seja).
Publicada por Gonçalo Trindade à(s) 16:08 4 comentários
terça-feira, maio 15, 2007
Grandes momentos musicais
Um dos mais subvalorizados filmes da Disney. Fui vê-lo ao cinema tinha eu seis aninhos, e nunca me saiu da memória.
Magnífica banda-sonora de um magnífico filme que, na minha opinião, nunca recebeu o valor devido. Ahh, o que a Disney fazia antigamente... antes de ter ficado sem imaginação/talento e ter ganho aquela obsessão por sequelas que em nada se comparam aos originais.
Publicada por Gonçalo Trindade à(s) 14:25 2 comentários
sábado, maio 12, 2007
Bernardo Sassetti, dia 18 de Maio, em Faro
O grande Bernardo Sassetti (de quem eu fiquei fã, após ter visionado o magnífico "Alice) irá, num concerto em que também comemora o 10º aniversário do seu trio (Sassetti no piano, Carlos Barreto no contrabaixo e Alexandre Frazão na bateria), estrear em Faro a sua última composição musical, "Suite Para Dom Roberto", numa encomenda do Cineclube de Faro.
O concerto em questão será dia 18 de Maio, na 6ª feira, no Teatro das Figuras (Teatro Municipal de Faro), pelas 21h30.
Mais informações aqui http://www.cineclubefaro.com/web/programacao/default.asp?p=e&s=3f&d=05&yr=2007.
Tomei conhecimento deste concerto pelo comentário colocado pelo cineclube de faro no blog http://imagensperdidas.blogs.sapo.pt, na crítica feita a "Spider-Man 3".
Transcrevo aqui aquilo que foi colocado neste blog:
"Desculpe a intrusão, mas é o “desespero” a falar :-) a comunicação social dita respeitável não nos liga muito... e dado o seu interesse pelo tema...
enfim, fica a informação!
obrigado.
a direcção do CCF"
A direcção coloca de seguida no comentário a informação que eu coloquei no início deste post.
Mais uma vez, vê-se de facto o interesse da comunicação social pela arte portuguesa. Situações destas irritam-me. Toda a gente sabe do concerto da Beyoncé, mas não se fala do Bernardo Sassetti, um dos grandes artistas que o nosso país tem (o homem fez a banda-sonora do "Alice", pelo amor de Deus! Além das suas outras obras, é claro).
Esta comunicação social realmente de respeitável não tem grande coisa. O desinteresse da imprensa pela arte nacional (e internacional...) é algo que acaba, eventualmente, por ser reflectido no povo português, que continua a ir ao cinema ver qualquer coisa desde que não seja um filme português, e faz o mesmo com a música. Por estas e por outras, as bandas portuguesas e os artistas portugueses de que mais se fala são as Floribelas, os Dzrt, e os 4taste (mas será que nem sequer conseguem arranjar nomes de jeito para estas bandas?!). Têm mais publicidade, claro (e a culpa também é da juventude portuguesa, que não tem uma mentalidade aberta o suficiente para tentar ouvir coisas que não estejam na... "moda"... apesar de podermos afirmar que esta mentalidade é também ela própria fruto do desinteresse da imprensa do qual já falei).
Enfim... situãções destas irritam-me profundamente.
E raios quem me dera viver perto de Faro!
Publicada por Gonçalo Trindade à(s) 22:11 9 comentários
sexta-feira, maio 11, 2007
Spider-Man 3, de Sam Raimi
Devo dizer que tinha baixas expectativas quando entrei na sala de cinema. A única coisa que ouvia era "blah blah três vilões blah blah venom blah blah um dos filmes americanos mais caros de sempre blah blah". Isto era algo que me assustava verdadeiramente. TRÊS vilões? "Homem-Aranha 2" resultou tão bem devido ao magnífico Alfred Molina, que criou um Doc Ock algo nobre e ameaçador, e devido a um argumento excelente que desenvolvia de forma maravilhosa a relação entre este vilão e o seu inimigo respectivo (Homem-Aranha, obviamente). Mas então... como é que iriam conseguir fazer isso com três vilões? Os meus receios confirmaram-se, e essa relação tão maravilhosa existente em "Spider-Man 2" não ocorre em "Spider-Man 3".
Publicada por Gonçalo Trindade à(s) 15:40 2 comentários