quinta-feira, janeiro 15, 2009

Desilusão



O Estranho Caso de Benjamin Button é um filme enormemente desiquilibrado, uma obra menor de David Fincher. Em duas horas e quarenta minutos de filme, a primeira hora é interessante; a segunda hora é desinteressante e nada mais que uma tentativa de criar uma qualquer fábula, com várias personagens atiradas para a história sem que tenham grande interesse e um romance mal criado e desenvolvido (Pitt e Blanchett não têm muito que fazer no geral); e os últimos quarenta minutos são fabulosos e emocionalmente poderosíssimos. Está obviamente bem filmado, ainda que visualmente não seja particularmente original (mas aqueles efeitos de enveçhecimento e rejuvenescimento...). Tecnicamente bem conseguido, sem dúvida.

Mas apesar de momentos lindíssimos, Fincher não tem mão para a história, e o resultado é, como já disse, um filme terrivelmente desiquilibrado.

Ou seja... O Estranho Caso de Benjamin Button não é necessariamente um filme mau (e não é, de facto). Apenas se encontra bem longe do que seria de esperar. Filme menor de um realizador dotado.

Mas realmente tem ali uns belíssimos quarenta minutos...

Crítica propriamente dita aqui.

domingo, janeiro 11, 2009

19 anos. Estou velho.




No ano passado, disse que agora já podia tirar a carta, ser preso, e casar-me. No último ano não fiz nenhuma dessas três coisas (mas começo a tirar a carta na próxima semana, que realmente faz muita falta...). Faço hoje 19 anos. Mudou muita coisa claro (mas continuo a usar imagens de filmes do Myiazaki nestes posts, já que tais filmes evocam ainda o mesmo sentimento de inocência que há tantos anos me transmitem), nem que seja pelo simples facto de agora estar na faculdade, e etc etc. Mas foi apenas mais um ano de vida.

E raios, tenho quase duas décadas de existência. Começo a ficar velho. Agora imaginem lá como vou ficar quando fizer 29...

Para o ano já faço 20. Raios. Já me sentia um idoso o suficiente por dizer às pessoas que o meu filme favorito é dos anos 40, e ainda mais por dizer que em pequeno adorava ver o Knight Rider na TVI (mas não em brasileiro!)... e agora já tenho quase duas décadas de vida,

Que venham mais filmes, concertos, e com sorte mais experiência de vida, que acaba por ser isso que mais faz falta e que a arte acaba também por proporcionar.

E com sorte no próximo ano já vou poder dizer que daquelas três actividades (ser preso, casar-me, e tirar a carta de condução) uma delas já fiz!

quinta-feira, janeiro 01, 2009

Prenda de Natal atrasada para os admiradores de Ritchie...




RocknRolla, o primeiro grande filme de entretenimento do ano que acabou de começar, é uma bela prenda por duas razões. A primeira é porque este é, de facto, um belo filme, óptimo entretenimento, efectivo em todas as suas vertentes, um filme com um estilo muito característico (e por estes lados muito adorado); a segunda é porque este é o regresso de Guy Ritchie que era esperado. Um filme digno do homem que fez Snatch. Um filme que mostra todo o talento de Ritchie na criação dos seus universos tão particulares, usando partido dum óptimo elenco, duma óptima banda-sonora, e dum belo argumento. Não é tão bom quanto o Snatch, mas é grande entretenimento... para os fãs do realizador. Por mim, gostei. Muito. E agora que venham mais, já que parece que o homem voltou a recuperar a inspiração. RocknRola vale a pena. Vale muito a pena.

Nem que seja pela excelente banda-sonora, que até lá usa uma música do grande Lou Reed!

Crítica propriamente dita aqui.

Feliz ano novo a todos!